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AÇÃO POLICIAL

Prisco é transferido para cela individual e Aspra promete recepção com carreata

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O vereador estava detido no complexo da Papuda com mais 16 presos. Havia o temor de Prisco ser reconhecido pelos presos. Aspra promete carreata caso ele seja liberado, e diz que Prisco será recebido como um “deus”.

Preso em resort, Prisco desembarca em Brasília, de bermuda e sandália (Foto: Reprodução/TV Bahia)

Preso em resort, Prisco desembarca em Brasília, de bermuda e sandália (Foto: Reprodução/TV Bahia)

O vereador Marcos Prisco, preso desde a sexta-feira (18) no complexo penitenciário da Papuda, foi transferido para uma cela individual neste domingo (19) depois que a defesa dele divulgou uma nota em que afirma que ele estaria “desesperado” com as condições do cárcere. Em entrevista com o Correio24horas, o vice-presidente da Aspra, Fábio Brito, disse que a informação da transferência de Prisco partiu de um agente do presídio federal “de confiança” deles, e confirmou que o vereador já está em um local reservador para militares.

O julgamento sobre o habeas corpus do líder da greve da Polícia Militar da Bahia pode começar a qualquer momento. Advogados da associação ingressaram ontem com pedido de habeas-corpus para Prisco na Justiça Federal em Brasília. O TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) remeteu o caso ao STF (Supremo Tribunal Federal), e a ministra Cármen Lúcia deverá analisar o pedido.

Segundo a Aspra, Prisco estava detido no complexo penitenciária em “prisão comum com outros 16 presos de alta periculosidade que respondem a crimes diversos”. Ele foi transferido para uma cela individual após força-tarefa da Aspra para comunicar quatro políticos da Bahia sobre as condições da sua prisão: a ex-ministra do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Eliana Calmon (PSB); o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM); o presidente da Câmara Municipal de Salvador, deputado estadual Paulo Câmara (PSDB); e o deputado estadual Capitão Tadeu (PSB), que também é policial.

“Os políticos entraram em contato com Brasília e conseguiram tirar ele daquele risco iminente de morte. Foi uma irresponsabilidade colocar ele, líder da PM, no mesmo espaço que presos comuns”, disse Brito para a Folha de S. Paulo. Ainda segundo o vice-presidente da associação, antes da transferência de cela, Prisco teria comunicado dos perigos do cárcere a um dos seus advogados, após encontro entre eles na Papuda, ao meio-dia de hoje.

Havia o temor de Prisco ser reconhecido pelos presos já na próxima terça-feira, dia de visita para os detentos. A defesa da Aspra disse ainda que Prisco não está se alimentando na Papuda porque “possui problema crônico de estômago e coração” e seguia prescrição médica na alimentação. “Oferecem aos presos água de torneira e ele teme pela saúde física. Vamos solicitar análise médica”, dizia trecho da nota.

Caso o veredito seja favorável ao vereador, A Aspra promete recebê-lo com uma carreata saindo do Aeroporto de Salvador até a sede da associação, no bairro do Bonfim. “Não tenha dúvida de que se Prisco for solto ainda neste feriado, a Aspra e as demais associações envolvidas neste processo vão estar de prontidão no aeroporto, esperando por ele”, declarou o vice-presidente Fábio Brito. “Ele será recebido como um deus”.

Greve

A greve da PM baiana se estendeu por cerca de dois dias entre terça e quinta-feira. Foi acompanhada por uma explosão da criminalidade em cidades como Salvador e Feira de Santana, e terminou com governo e grevistas cedendo em concessões e reivindicações. A situação voltou a ficar tensa anteontem, após a prisão de Prisco pela Polícia Federal.

O governo Jaques Wagner (PT) negou relação com a detenção, pedida pelo Ministério Público Federal, e disse que os termos do acordo estavam mantidos. A versão não conteve a insatisfação da categoria, e PMs passaram a madrugada de ontem sem ir às ruas em protesto contra a prisão, o que se refletiu em violência acima da média em cidades como Salvador e Feira de Santana. (Correio da Bahia)

Voltaram às ruas ao longo do dia diante de pressões de oficiais, mas em “operação tartaruga”: quase não registrando ocorrências. A Procuradoria pediu a prisão de Prisco na última segunda-feira, quando a greve já era iminente. A Justiça Federal emitiu o mandado no dia seguinte, terça, data do início da greve. A prisão, contudo, só foi realizada anteontem. (C

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