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Será dífícil levar oposição síria a reunião pela paz, diz enviado da ONU

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Grupos que se opõem ao regime de Bashar al-Assad exigem sua saída.
Dizem ainda que não como discutir paz enquanto ataques continuam.

Lakhdar Brahimi (à esquerda), enviado especial da ONU à síria, se reuniu neste domingo com Nabil Elaraby, secretário-geral da Liga Árabe. (Foto: Mohamed Abd El Ghany/Reuters)

Lakhdar Brahimi (à esquerda), enviado especial da ONU à síria, se reuniu neste domingo com Nabil Elaraby, secretário-geral da Liga Árabe. (Foto: Mohamed Abd El Ghany/Reuters)

O emissário internacional da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Síria, Lakhdar Brahimi, disse neste domingo (20) que será difícil reunir a oposição ao regime do ditador Bashar al-Assad para participar da conferência internacional de paz de Genebra.

Brahimi, enviado especial também da Liga Árabe, reuniu-se neste domingo no Cairo, capital doEgito, com o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al-Arabi.

Após a reunião, Arabi afirmou que a conferência internacional de paz, chamada de Genebra-2, será realizada no dia 23 de novembro. “Houve acordo para a realização de Genebra-2 em novembro”, afirmou Brahimi, mas, sem fixar uma data, disse apenas que “a data não foi fixada oficialmente”.

O emissário afirmou que o principal desafio será levar para esta reunião a oposição síria, muito dividida em relação a ter de sentar-se à mesa para dialogar com o regime, enquanto os bombardeios e os combates prosseguem.

Neste domingo, um novo ataque ocorreu. Pelo menos 30 pessoas, entre as quais soldados, morreram na cidade de Hama quando um suicida detonou um caminhão cheio de explosivos em um posto militar.

Segundo Brahimi, a reunião “não será realizada sem uma oposição crível, que represente uma parte importante do povo sírio que se opõe” ao governo de Bashar al-Assad. A coalizão opositora deve decidir na próxima semana em Istambul se participa da conferência Genebra-2.

O principal integrante, o Conselho Nacional Sírio (CNS), afirmou na semana passada que não negociará com o regime. Georges Sabra, líder do Conselho, disse que não um processo de transição democrática não pode ser iniciado enquanto civis sírios são atingidos pelo Exército e passam fome.

“Ainda há muitas dificuldades a serem superadas para que esta conferência seja um êxito”, reconheceu Nabil al-Arabi, depois de seu encontro com o emissário especial.

Brahimi anunciou que viajará agora ao Catar e à Turquia, dois países que apoiam a oposição. Também irá à Síria, embora o governo tenha imposto como condição que ele seja “imparcial”.

Depois, viajará ao Irã, principal aliado do regime de Assad. No retorno a Genebra se reunirá com representantes dos governos russo e americano, que promovem a conferência de paz.

O encontro já foi adiado várias vezes, devido à falta de acordo sobre os participantes quais devem ser os objetivos. A oposição no exílio insiste que a transição deve ser realizada sem Bashar al-Assad. O regime, porém, descartou a saída antecipada do presidente. (G1)

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