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Tratamento de Paulo Gustavo tem até 80% de eficácia na cura da covid
“Poder voltar para casa, encontrar a esposa e filhos trouxe uma sensação inexplicável, é como se estivesse tendo uma segunda chance para ser melhor pai, melhor esposo, melhor filho! Como diz a canção: “Melhores em tudo”, é dessa forma que Alcimei Carvalho da Silva fala da sua cura da covid-19. Assim como o ator Paulo Gustavo, ele precisou usar um pulmão artificial para ajudar na recuperação.
Aos 36 anos, o coordenador de controladoria de uma empresa de produtos pet, em Jaú, no interior de São Paulo, descobriu a doença em janeiro.
A covid começou sem sintomas pesados, mas logo ficou grave e ele foi internado na Santa Casa da cidade. Porém, precisou ser transferido para a capital, onde ficou internado no Hospital Nove de Julho.
Alcimei ficou internado 40 dias no hospital
“Em uma operação envolvendo alto risco de morte, em um cenário que mais parecia cena de filme, com transporte aéreo em avião com UTI, fui transferido para São Paulo. Já na transferência foi necessário o uso ECMO, uma vez que meus pulmões dependiam 100% da ajuda de aparelho”, lembra Alcimei.
A indicação para usar o procedimento chamado ECMO (oxigenação por membrana extracorpórea) é exatamente para casos mais graves, quando não existem outras formas de tratamento.
A taxa de sucesso da recuperação de pacientes que passam por esse tipo de tratamento chega a 80%.
O ator Paulo Gustavo respira com ajuda do ECMO desde o último fim de semana e vem apresentando melhoras clínicas, de acordo com os últimos boletins médicos.
De acordo com o cirurgião-vascular Diego Gaia, coordenador de ECMO no Hospital Santa Catarina, em São Paulo, o tratamento é positivo.
“Usamos quando a ventilação mecânica já falhou. Se o paciente não for conectado no ECMO a chance de sobreviver é próxima a zero. Os registros internacionais mostram uma recuperação de 50 a 80% de sucesso. Então o paciente sai de zero, ou próximo disso, para até 80% de chance de viver”, diz o médico.
Mesmo com alto índice de resposta positiva, a tecnologia não está disponível no SUS (Sistema Único de Saúde).
De acordo com o Ministério da Saúde, os estados e Municípios podem usar técnica, mas sem reembolso do governo federal.
Em 2015, chegou a ter um pedido para incorporar no SUS o tratamento, mas foi negado pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias). (Fonte: R7)