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DICAS E CONCURSOS

Veja dicas para o concurso da PRF para 1 mil vagas de policial

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Veja dicas para o concurso da PRF para 1 mil vagas de policial

 

O salário é de R$ 6.479,81. Candidato deve ter nível superior em qualquer área.

Veja dicas para o concurso da PRF para 1 mil vagas de policial

O concurso da Polícia Rodoviária Federal está com inscrições abertas para 1.000 vagas de policial rodoviário federal até segunda-feira (8). Para ingressar na carreira, o candidato precisa ter diploma em nível de graduação em qualquer área e possuir Carteira Nacional de Habilitação categoria “B”. O salário é de R$ 6.479,81 (acesse o edital e o link das inscrições).

As provas objetivas e discursivas estão marcadas para o dia 11 de agosto. O concurso terá duas etapas. A primeira, com cinco fases, inicia com as provas objetivas e discursivas. Os aprovados passarão, ainda, por teste físico, exames de saúde, avaliação psicológica, investigação social e/ou funcional e prova de títulos, esta última uma novidade em provas da PRF. A segunda etapa é composta de curso de formação.

Especialistas ouvidos pelo G1 dão dicas de estudos e para a prova física.

A prova objetiva de conhecimentos básicos terá língua portuguesa, matemática, noções de direito constitucional, ética no serviço público e noções de informática. A prova objetiva de conhecimentos específicos terá noções de direito administrativo, noções de direito penal, noções de direito processual penal, legislação especial, direitos humanos e cidadania, legislação relativa ao DPRF e física aplicada à perícia de acidentes rodoviários. Já a prova discursiva consistirá da redação de texto dissertativo, de até 30 linhas, a respeito de temas relacionados aos objetos de avaliação do conteúdo programático.

Operação Copa Confederações PRF Itatiaia (Foto: Reprodução/TV Rio Sul)
Policial rodoviário verifica documentos de motoristas (Foto: Reprodução/TV Rio Sul)

De acordo com o professor Evandro Guedes, diretor geral da Alfacon Concursos, a grande diferença entre os concursos de 2009 e de agora é a troca da banca examinadora. “Em 2009, tivemos a Funrio e o novo edital trouxe a Cespe/UNB. Essa mudança faz toda a diferença, pois a metodologia na cobrança das questões é determinante na forma como o candidato deve orientar seus estudos”, diz. O candidato deve ficar atento também à prova de títulos, que em alguns casos pode ser decisiva para o candidato conseguir a vaga.

Clique aqui para ver a comparação do conteúdo programático dos editais anteriores da PRF com o atual, de acordo com levantamento de Guedes.

Segundo o professor, a base do conteúdo é praticamente o mesmo de 2009, contudo, serão provas totalmente distintas devido à organizadora. “O Cespe/UnB inovou cobrando a matéria de física, contudo, acredito que a prova venha no mesmo nível da prova de escrivão da Polícia Federal e também do Depen, com a grande vantagem de a PRF oferecer 1.000 vagas, ou seja, pelo quantitativo de vagas a nota de corte deve ser um pouco mais baixa.”

Guedes aconselha que os candidatos se preparem com base nas últimas provas da Polícia Federal e do Depen. “Ano passado tivemos o concurso de agente da Polícia Federal e este ano temos mais dois grandes concursos, o de escrivão com 350 vagas e o de agente penitenciário federal com 100 vagas para o Depen. O primeiro será dia 21 de julho e o segundo, dia 4 de agosto. Aqui vale a velha máxima: jogo é jogo, treino é treino, mas quem não treina não joga bem. Assim, além dos simulados voltados para o formato da Cespe/UNB, o candidato atento terá mais duas ótimas oportunidades de se acostumar com a organizadora.”

De acordo com Guedes, quem estava se preparando com base nas provas do concurso da PRF de 2008, organizado pelo Cespe/UNB, por exemplo, leva vantagem por conhecer a formatação da cobrança das questões. “O estilo certo ou errado, em que uma questão assinalada errada anula uma certa, pede um pouco de técnica do candidato, uma vez que o mesmo deve estar, além de bem preparado dentro do edital, também preparado para saber que se deixar muitas questões em branco, a possibilidade de sucesso diminui. Isso se dá pelos altos índices que a nota de corte vem apresentando. Contudo, sempre digo que não existe o português de uma banca ou outra, a língua portuguesa é somente uma e o que manda é o conteúdo programático cobrado no edital e a forma e amplitude com que a banca examinadora transforma isso em questões”, diz.

Ele indica priorizar as matérias básicas, que são sempre determinantes, ou seja, língua portuguesa, matemática e informática. Mas para quem está se preparando há muito tempo o importante é rever toda a matéria em exercícios e simulado. “Assim, o candidato não se perde estudando demais o que já sabe muito. A regra aqui é simples: resolver muitos exercícios e quando os erros forem aparecendo o candidato retorna ao tópico da matéria e sana as dúvidas.”

Para quem começou a estudar agora, não há motivo para se apavorar, segundo ele. O professor recomenda um planejamento a curto prazo. Mas adverte: “Não adianta começar a estudar com o edital aberto e logo depois parar e esperar o edital abrir novamente, o que faz a diferença é a persistência. Assim, a dica para quem acordou tarde é estudar pelos menos duas matérias por dia mais exercícios. Deve-se reservar os sábados e domingos para praticar a redação e também fazer simulados e saber que ano que vem muitas outras oportunidades virão”.

Em relação à redação, ele diz que como a banca é o Cespe/UNB, vale muito praticar com as provas anteriores – estão disponíveis no site da organizadora. “Devemos lembrar que os últimos concursos, além de cobrarem do candidato as técnicas próprias da redação, também estão cobrando que sejam respondidos tópicos sobre o conteúdo da prova objetiva. “Praticar muito é o segredo do sucesso.”

Prova física
O exame de capacidade física consistirá de quatro testes: teste de flexão em barra fixa, teste de impulsão horizontal, teste de flexão abdominal e teste de corrida de 12 minutos.

Elon Junior, coach físico para concursos e autor do livro “Preparação Física para Concursos”, diz que o candidato deve começar imediatamente a se preparar para o teste físico, mesmo que para fazer o exame seja preciso se classificar nas provas objetiva e discursiva antes.

“Aqueles que pensam que podem não passar e por isso não treinam estão com pensamento negativista, isso já os deixa atrás de muitos que estão há anos estudando. Há ainda o ledo engano de que perderão tempo deixando de estudar uma ou duas horas por dia para treinar. Diversos estudos comprovam que quanto melhor o condicionamento físico, melhor a capacidade de armazenamento de dados, memorização e capacidade de estudar por mais tempo”, diz.

A prova física, segundo ele, é realizada de 1 a 3 meses a partir das provas escritas, e de 30 a 40 dias a partir da lista de aprovados. “Para termos como parâmetro, vamos analisar a prova da PF deste ano, que está prevista para o dia 21 de julho, e o teste físico para o dia 14 e 15 de setembro”, afirma.

Candidatos fazem prova de barra no 8º Batalhão de Polícia do Exército, em São Paulo  (Foto: Adriana Manfredini/Correios)
Candidatos fazem prova de barra no 8º Batalhão de Polícia do Exército, em São Paulo (Foto: Adriana Manfredini/Correios)

Segundo Elon, a barra é a campeã de reprovação, em seguida vêm a corrida de resistência e por último o salto de impulsão horizontal. Ele recomenda praticar bastante a barra, executando-a pela manhã, tarde e noite (três séries do maior número que suportar executar), além de fazer alguns exercícios de fortalecimento muscular.

Ele indica que o candidato se planeje para tirar de 1 a  2 horas por dia, se possível, para os treinos, e que o horário seja diurno, para que ele se adapte a exercícios em temperaturas elevadas. “Caso isso não seja possível por conta do trabalho ou curso, faça uma rotina mínima de 3 vezes por semana, deixando dois dias de treinamento à noite, nos dias úteis, e um dia, no sábado ou domingo, para fazer pela manhã. Intercale um dia para treinar para a prova de salto e barra e no outro dia, para corrida”, diz.

Para os sedentários, segundo Elon, é necessária preparação com intensidade baixa para adaptação e, à medida que for evoluindo, aumentar a carga de treino. “Pode ser feito três vezes por semana, de 1 a 2 horas por dia, ou também 1 hora por dia, todos os dias, mas mantendo sempre o mesmo horário, para que haja um tempo de praticamente 24 horas de descanso e com uma intensidade muito baixa”, explica.

Elon indica ainda fazer um simulado nas mesmas condições da prova, ou seja, pista de atletismo para prova de corrida e, se possível, por volta das 10h, quando a temperatura já estiver elevada. “É recomendável dar ênfase sempre para a prova de corrida, pois melhora a falência física base para todas as outras, que é resistência aeróbia”, explica.

Ele diz que os candidatos devem eliminar a esteira e ir para a rua, pistas, ciclovias, praias. “É preciso treinar especificidade. Não basta simular tipo de solo, mas também a temperatura. Então saia da esteira e vá para pista-rua em horário diurno.”

Para o teste de impulsão horizontal, o professor recomenda um trabalho de pliometria (saltos) e agachamento, pois fortalece as musculaturas dos membros inferiores (quadríceps).
Ele indica colocar uma corda amarrada em dois pontos fixos, em uma altura de 30 cm aproximadamente, e saltar lateralmente de um lado para outro. O candidato deve fazer três séries com intervalo de um minuto, e em cada série contar 10 toques no solo de cada lado.

Para o teste de abdominal, ele indica três séries de 45 repetições, sendo que 15 supra, 15 infra e 15 oblíquo.

Para as mulheres, Elon sugere que seja feito o treino de no mínimo 1 a 2 horas por dia, três vezes por semana. Já as que têm condicionamento mais apurado, o ideal é que façam de segunda a sábado. Para finalizar, na semana da prova, o treino deve ser só de manutenção e, na véspera da prova, ele recomenda descanso. G1

 

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