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Brasileiros dominam a primeira fase do Mahalo Surf Eco Festival.

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Mais um dia ensolarado com boas ondas na Praia da Tiririca para fechar a primeira fase do Mahalo Surf Eco Festival na quarta-feira em Itacaré, no sul da Bahia.

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 Dos 144 surfistas de 24 países inscritos para disputar o último QS 6000 do ano, somente os 48 cabeças de chave ainda não estrearam na segunda fase da competição, que ficou para abrir a quinta-feira. A chamada para a primeira bateria envolvendo três baianos, foi marcada para as 7h30, 8h30 nos estados com horário de verão. Os brasileiros se destacaram na rodada inicial, com vinte classificados entre os trinta que competiram. Foram doze vitórias nas 24 baterias, com Krystian Kymerson e Paulo Moura registrando novos recordes nas ondas da Tiririca.

O pernambucano Paulo Moura, que por muitos anos defendeu o Brasil na elite mundial do WCT, abriu a terceira bateria do dia numa boa onda que rendeu três manobras potentes para arrancar nota 8,83 dos juízes, superando a 8,73 do catarinense Matheus Navarro no primeiro dia. Outro catarinense, Jean da Silva, completou a primeira dobradinha brasileira da quarta-feira, com ambos despachando dois estrangeiros, o porto-riquenho Brian Toth e o australiano Cody Robinson.

“Dei sorte que entrou uma onda legal pra mim logo no começo da bateria. Fiquei segurando a borda da prancha até o locutor terminar a regressiva de início e consegui fazer três manobras bem fortes, no critério que os juízes querem, que é forçar as manobras ao máximo, principalmente a primeira, então fico feliz porque não sabia que era a maior nota do evento”, disse Paulo Moura. “As ondas estão boas de surfar, mas naquela condição da nossa região, com água quente, o ventinho soprando e eu adoro competir no Nordeste. Sou suspeito porque sou nordestino e gosto muito daqui, então espero continuar fazendo um bom surfe nas próximas baterias”.

O pernambucano Halley Batista, que conquistou o primeiro título do Mahalo Surf Eco Festival em Itacaré em 2013, completou essa segunda dobradinha verde-amarela da quarta-feira na Praia da Tiririca. Mesmo não estreando com vitória, ele ficou feliz pela classificação e já está escalado para enfrentar os cabeças de chave da 18.a bateria da segunda fase, o australiano Wade Carmichael e o havaiano Tanner Hendrickson, que está na briga direta pelas últimas vagas na lista dos dez indicados pelo ranking do Qualifying Series, para completar a elite dos top-34 da World Surf League.

“Pra mim, é muito gratificante estar aqui em Itacaré outra vez. As ondas aqui são a minha cara, pra frente, buraco, boas pra fazer os aéreos e manobras grandes, então espero conseguir mais um bom resultado esse ano”, disse Halley Batista. “No ano passado, eu me contundi durante minha bateria e fiquei seis meses parado, mas espero que esse ano nada de mal aconteça e eu possa prosseguir durante todo o evento para chegar na grande final, que é a meta. Hoje (quarta-feira) o vento Nordeste tá fechando um pouco as ondas, mas o mar deu uma subida e entram algumas séries com tamanho pra fazer duas manobras grandes”.

VITÓRIA BAIANA – Outra classificação brasileira muito festejada na Praia da Tiririca foi a do único baiano que competiu na quarta-feira, Marco Fernandez. Ele começou bem sua bateria e liderou de ponta a ponta com a nota 6,33 da sua primeira onda. Depois, conseguiu uma melhor para tirar 7,07 que confirmou a vitória por 13,40 pontos. Na briga pela segunda vaga para a próxima fase, o norte-americano Parker Coffin levou a melhor surfando a melhor onda da bateria, que valeu nota 8,33. O japonês Reo Inaba terminou em terceiro lugar e o catarinense Alcides Neto em último, com ambos sendo eliminados logo em suas estreias no Mahalo Surf Eco Festival.

“É sempre bom competir na Bahia, aqui praticamente é a mesma onda que tenho em casa, então me sinto mais à vontade”, disse Marco Fernandez. “Fui feliz de achar a primeira onda da bateria para começar bem com um 6,33. Mesmo assim, eu não consegui ficar calmo, porque o mar está muito difícil e não dá para saber qual onda vai ser boa. Mas, achei boas ondas aqui mais embaixo do pico e uma armou para mandar duas manobras legais pra vencer a bateria”.

DOMINIO BRASILEIRO – Os brasileiros começaram bem na última etapa de valiosos 6.000 pontos do ano. Eles venceram metade das 24 baterias da primeira fase do Mahalo Surf Eco Festival e oito avançaram em segundo lugar. As outras 28 vagas para a segunda fase foram conquistadas por seis norte-americanos, cinco franceses, dois havaianos, dois japoneses, dois sul-africanos dois espanhóis e outros nove países tiveram apenas um classificado, Portugal, Indonésia, Taiti, Marrocos, Guadalupe, Argentina, Uruguai, Peru e surpreendentemente a Austrália. Só Michael Wright salvou a pátria no penúltimo confronto do dia, depois de sete compatriotas serem eliminados na primeira rodada da competição, que prossegue até domingo na Praia da Tiririca.

“É verdade? Eu não sabia disso. Estou feliz por ser o único australiano a avançar para a próxima fase, mas fico triste pelos que perderam. Estou achando até estranho ninguém ter passado”, surpreendeu-se Michael Wright, que competiu junto com outro australiano, Cahill Bell-Warren, barrado pelo bicampeão brasileiro Renato Galvão. “Eu achei boa a bateria. Tentei me manter concentrado diante da dificuldade da maré cheia nesse momento. Eu percebi que as esquerdas que tinham nas baterias anteriores pararam de entrar, então tive que buscar as direitas que abriam um pouco mais para fazer as manobras e deu tudo certo”.

ÚNICO REPRESENTANTE – Alguns países estão sendo representados no Mahalo Surf Eco Festival por apenas um surfista e alguns estrearam com vitórias na quarta-feira, como o uruguaio Marco Giorgi, o indonesiano Oney Anwar e o marroquino Ramzi Boukhiam, que foi o primeiro deles a competir. Ramzi já veio ao Brasil, foi vice-campeão mundial Pro Junior na final contra Gabriel Medina na Praia da Joaquina, em Florianópolis (SC) em 2013, mas não conhecia Itacaré e gostou da cidade, bem como das ondas da Praia da Tiririca. Ele participou do quarto confronto do dia, derrotando o japonês Takumi Yasui, o brasileiro Alan Donato e o argentino Nahuel Amalfitano, com os dois sul-americanos saindo da disputa do título na Bahia.

“Tem altas ondas, mas o vento ficou forte atrapalhando as direitas, ficando difícil de ganhar velocidade. Mas, consegui pegar as duas ondas que somam no resultado, fiz o meu melhor e passei em primeiro”, disse Ramzi Boukhiam, que não conhecia Itacaré. “É a primeira vez que venho aqui e gostei bastante do lugar. É muito bonito, quente, a gente pode competir só de calção, o que é perfeito pra mim. Gostei muito e espero continuar avançando as baterias para chegar o mais longe possível na competição, para aproveitar mais disso tudo aqui”.(mahalosurfecofestival)

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