“A gente não sabe o que ocorreu”, diz tia de menino de 3 anos que morreu após incêndio em Santo Inácio

Um incêndio ainda sem explicação, na manhã desta quinta-feira (15), matou o garoto Ariel Santos Nascimento, 3 anos. A criança teve quase 100% do corpo queimado.

Ariel e a avó dividiam o quarto (Foto: Reprodução)

A avó dele, a comerciante Mirian Carvalho Santos, 58, com quem o garoto morava no bairro de Santo Inácio, teve mais da metade do corpo queimado. No final da noite de ontem, ela estava no centro cirúrgico do Hospital Geral do Estado (HGE), depois de já ter passado por um procedimento de remoção da pele queimada.

Ariel era considerado um garoto agitado e esperto. Ontem, ele acordou bem cedo, como de costume. Era da rotina da avó Mirian levantar às 5h, para tomar o remédio para pressão arterial. Familiares e vizinhos acreditam que, após tomar o remédio, Mirian tenha pegado no sono, mas o garoto tenha permanecido acordado.

Os vizinhos acordaram com o cheiro da fumaça e, quando conseguiram arrombar a porta do quarto, Mirian dizia não saber onde estava o neto. “Ela saiu com os braços e a cabeça queimados, e dizia que não sabia onde estava o menino. Ele estava na porta do quarto deitado. Achávamos que estava morto, mas ele se buliu e o Samu recomendou jogar água para resfriar o corpo”, conta a doméstica Cleusa Conceição, 58 anos, vizinha.

Ela lembrou que Mirian costumava acender uma vela de sete dias no quarto, mas não sabe dizer se essa teria sido a causa do incêndio. “Ele (Ariel) subia em tudo, a porta não podia ficar aberta que ele corria. A gente não sabe o que de fato ocorreu, se ele pode ter brincado com alguma coisa, se foi a energia”, contou a tia do garoto, a manicure Joilene Cruz dos Santos, antes do falecimento de Ariel.

Mirian contou, no hospital, que Ariel se escondeu debaixo da cama no momento do fogo. No quarto, o guarda-roupa se contorceu e ficou quase todo queimado. Da cama, apenas a estrutura sobrou. O quarto foi o único dos cinco cômodos da casa que foi destruído pelo fogo.

Quando os bombeiros chegaram, os populares já haviam debelado o fogo com a ajuda de baldes. Avó e neto foram socorridos por uma ambulância do Samu para o HGE. Ariel morreu no meio da manhã. O garoto deve ser sepultado em Irará, no Centro Norte, cidade natal da avó. (Correio da Bahia)