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Coletor menstrual é alternativa para absorventes tradicionais; saiba mais

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A arquiteta e urbanista Milena Teixeira, 28, aboliu o uso de absorventes tradicionais durante a menstruação. Há 5 meses, ela faz parte do crescente número de adeptas do coletor menstrual.

Coletor menstrual é alternativa para absorventes tradicionais (Foto: Laís Andrade)

Coletor menstrual é alternativa para absorventes tradicionais
(Foto: Laís Andrade)

Ela usa copinho de silicone reutilizável que recolhe o sangue durante a menstruação. Entre suas vantagens, o fator ecológico e econômico, além do conhecimento do próprio corpo, atraem as mulheres.

Diferente de absorventes descartáveis, que poluem o meio ambiente por produzirem uma quantidade grande de lixo, o coletor pode ser reutilizável por até dez anos. Ao longo prazo, também são mais baratos do que os métodos tradicionais.

“Investi R$130 reais no coletor e panela de ágata (que não danifica o silicone) para higienização. Como aboli o uso de absorventes, deixei de comprá-los mensalmente, então passei a economizar esse valor por mês”, explica Milena. No Brasil, o coletor custa em média R$80 reais.

Para a ginecologista Adriana Bruno, o coletor pode ser uma boa opção para algumas mulheres, mas a aceitação depende do perfil do paciente. “Muitas mulheres acham desagradável tocar a genitália e lidar com o fluido menstrual durante a remoção do dispositivo”, explica.

Porém, as adeptas do copinho garantem que o autoconhecimento corporal é um resultado positivo do uso do produto. “Você tem mais contato com seu próprio corpo e naturalmente passa a ter maior curiosidade sobre si mesma”, afirma Milena. A estudante Morgana Gazar, 24, também defende este fator. “Você ganha mais intimidade com o seu corpo”, diz.

Como muitas curiosas, Milena e Morgana descobriram sobre o produto na internet. Um grupo no facebook, Coletores Brasil, reúne mais de 20 mil mulheres adeptas ou interessadas em saber mais. Muitas tornam ativistas do copinho e compartilham o conhecimento. “Sempre indico para as minhas amigas, é uma coisa que tem que passar adiante”, comenta Morgana.

O coletor é inserido na entrada do canal vaginal e armazena o sangue menstrual por até 12 horas. Para ser reutilizado, é lavado e inserido novamente, sendo que após cada ciclo menstrual, deve ser fervido para garantir a esterilização.

Algumas marcas chegam a ter oito tamanhos, mas a maioria dos fabricantes oferece dois tamanhos diferentes: um para mulheres que tiveram filhos, e outro para aquelas que não tiveram. Os copinhos diferem em tamanho e densidade do material.

Entre as queixas mais comuns das mulheres que utilizam o coletor, estão a dificuldade de remoção do produto, e o risco de vazamentos. Mas as usuárias ouvidas pelo Correio* garantem que os problemas diminuem com a experiência.

“Tive dificuldade do início, mas agora tenho as manhas”, acrescenta Morgana. Por ser maleável, o copinho se adapta ao corpo e não atrapalha durante as atividades físicas. “A sensação é muito boa, você não sente que está menstruada”, continua.

Mesmo com todas as vantagens, o coletor ainda é pouco conhecido por ginecologistas. Dentre os 10 médicos de Salvador procurados pelo Correio24Horas, apenas uma soube comentar sobre o produto. Adriana Bruno afirma que não existem estudos que apontem para uma contraindicação do uso do coletor. “Eu apenas não recomendo o uso em mulheres virgens, porque pode causar o rompimento do hímen”, acrescenta. (Correio da Bahia)

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