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Buraco em interior de imóvel na BA registra água fervente; temperatura já chegou a 75ºC e pesquisadora vê risco de explosão

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Uma casa corre o risco de explodir em Feira de Santana, a 100 quilômetros de Salvador, por causa da temperatura do solo. Localizada no bairro Queimadinha, o imóvel tem um buraco aberto no hall de entrada onde a temperatura já chegou a 75ºC.

A moradora Roseane Conceição descobriu o problema em 2019, depois do chão da casa ficar extremamente quente. Na época, ela quebrou uma parte do piso da casa, abriu um buraco no solo e encontrou água fervente brotando do chão. Para a água ferver ela deve atingir 100°C, o que significa que a temperatura ao longo do buraco é ainda mais alta do que a registrada.

“Moramos eu, meu filho e a minha mãe de 80 anos. Não sabemos o que fazer”, desabafou a proprietária.

 

Ainda em 2019, especialistas explicaram que a casa foi construída em cima da Lagoa do Prato Raso, um local aterrado sem a remoção de restos de plantas. Ao longo do tempo, a vegetação entrou em um processo químico de fermentação e produziu os gases carbônico e metano, que aumentaram a temperatura do chão.

Neste ano, a situação está sendo monitorada desde segunda-feira (18) por Equipes da Defesa Civil e da Secretaria do Meio Ambiente de Feira de Santana, em parceria com a Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB).

Segundo Hilda Talma, doutora em química analítica e professora da universidade, o confinamento é preocupante por causa dos riscos de explosão.

“A preocupação é de avaliar e determinar a quantidade de metano na atmosfera para saber se ele está em um teor de risco para causar explosão. No momento, não há esse risco. Porém, existe um outro risco, referente a formação dos gases que ficam confinados embaixo [da casa]. O confinamento desses gases causa risco de explosão”, afirmou.

 

Água fervente foi encontrada no buraco — Foto: TV Subaé

Água fervente foi encontrada no buraco — Foto: TV Subaé

O diretor de planejamento da Secretaria de Meio Ambiente, João Dias, também participa do monitoramento. Ele explicou que os moradores precisam sair da casa para que o problema seja estudado.

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