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Festejos juninos são cancelados e espaços viram pontos de vacinação da Covid-19

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Falta um mês para o São João, uma das festas mais populares do Nordeste e mais do que um símbolo da cultura popular brasileira. Na Bahia, os festejos juninos também refletem a economia das cidades do interior. Nesta segunda-feira (24), enquanto muitas cidades estariam se preparando para receber milhares de pessoas em junho, o foco é combater o avanço da Covid-19.

Este é o segundo ano consecutivo que a Bahia não viverá o São João. Em Amargosa, por exemplo, os preparativos, decoração e montagem do palco já estariam a todo vapor.

Na cidade, o palco é montado próximo a uma antiga estação de trem, localizada perto do Bosque, uma imensa praça onde milhares de pessoas circulam por dia durante o São João. No entanto, o ponto onde seria montado o palco, foi instalado um drive-thru de vacinação.

Em frente a antiga estação de trem de Amargosa, o palco para shows do São João é montado, mas este ano o espaço deu lugar a um ponto de vacinação contra Covid-19 — Foto: Divulgação/Prefeitura de Amargosa

Em frente a antiga estação de trem de Amargosa, o palco para shows do São João é montado, mas este ano o espaço deu lugar a um ponto de vacinação contra Covid-19 — Foto: Divulgação/Prefeitura de Amargosa

Em Camaçari, uma das primeiras cidades a anunciar o cancelamento do São João, não foi diferente. O local onde a festa acontece todos os anos, deu lugar a um ponto drive-thru.

A área equivale a quatro campos de futebol que, durante o São João, contava com cerca de 60 mil pessoas por dia. O evento ocorria durante três dias. Conforme a prefeitura, sem o São João, as perdas em arrecadação chegam aos R$ 60 milhões.

Espaço onde eram realizados os shows do São João em Camaçari também é usado como ponto de vacinação contra Covid-19 — Foto: Reprodução/TV Bahia

Espaço onde eram realizados os shows do São João em Camaçari também é usado como ponto de vacinação contra Covid-19 — Foto: Reprodução/TV Bahia

Já em Ibicuí, no sul do estado, a prefeitura calcula que cerca de R$ 1 milhão deixará de ser arrecadado em 2021, sem a realização da festa. Outras estimam perdas ainda maiores. Em Senhor do Bonfim, no norte da Bahia, o prejuízo será de R$ 10 milhões.

O governo estadual já anunciou que o transporte intermunicipal será suspenso no período do São João (24 junho) a São Pedro (em 29 de junho), para evitar que as pessoas viajem nas datas festivas de junho. Além disso, nenhuma festa junina será permitida na Bahia, independentemente do número de pessoas.

Antes mesmo da proibição do governo estadual, algumas cidades baianas oficializaram o cancelamento das festas juninas, por meio de decreto. Entre elas, Santo Antônio de Jesus, Euclides da Cunha, Cachoeira, Senhor do Bonfim, Camaçari e Amargosa.

Sem a realização dos eventos, os artistas estão investindo em lives. Pelo segundo ano consecutivo, a banda Estakazero realiza os “Ensaios de São João” na modalidade online.

O primeiro show virtual ocorreu na última sexta-feira (21). Sem sair de casa, o público pode dançar o arrasta pé e viver o clima junino, mas sem aglomeração.

Outro artista que também terá temporada de lives é o forrozeiro Zelito Miranda. No dia 13 de junho, o cantor abre temporada com o Arraiá do Rei.

(G1 Bahia)

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