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Ipec: Neto tem 43 pontos de folga e 69% dos votos válidos

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Caso as eleições fossem realizadas hoje, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil) venceria a disputa pelo governo baiano já no dia 2 de outubro com 56% dos votos totais e 43 pontos percentuais de vantagem sobre o segundo colocado, aponta a primeira pesquisa do Ipec sobre a sucessão no estado, divulgada sexta-feira à noite pela TV Bahia. Na sondagem estimulada, quando é apresentada a lista de todos os candidatos, o ex-secretário estadual de Educação Jerônimo Rodrigues (PT) aparece com 13%.

Na sequência, vem o ex-ministro da Cidadania João Roma (PL), citado por 7% dos eleitores ouvidos pelo Ipec, antigo Ibope. Logo abaixo, estão Marcelo Millet (PCO) e Kleber Rosa (Psol), com 2% e 1%, respectivamente. Giovani Damico (PCB) não pontuou. Brancos e nulos somaram 8%, e 12% não sabem em quem votar ou não responderam ao levantamento, cujos números são próximos aos da pesquisa Datafolha divulgada pela Rádio Metrópole na última quarta, considerando a margem de erro.

Na contagem dos votos válidos – em que são excluídos brancos, nulos e indecisos -, o percentual de Neto chega a 69%, contra 17% de
Jerônimo, diferença de 52 pontos. João Roma tem 9%, seguido por Marcelo Millet (3%), Kleber Rosa (2%) e Giovani Damico (1%). De acordo com o Ipec, o índice do ex-prefeito é mais que o dobro dos demais candidatos juntos, margem suficiente para vencer a corrida estadual no primeiro turno com folga.

(Infografia: Axel Hegouet/Arte CORREIO

Escolha livre
Na espontânea, quando os entrevistados manifestam preferência sem ver a relação de candidatos, ACM Neto desponta bem à frente dos concorrentes, com 29%. O número indica alto percentual de votos consolidados, já que esse cenário é tido pelos estrategistas de campanha como o termômetro de maior precisão para medir a taxa de eleitores que estão convictos sobre quem irão votar.

Com 19 pontos a menos que Neto na espontânea, Jerônimo foi escolhido por 6% dos entrevistados, ante 2% de João Roma. Ao todo, 6% citaram outros nomes que não estão na disputa pelo governo baiano. Brancos e nulos têm 5%. O percentual dos que não souberam ou não quiseram responder atingiu 52% .

Rejeição
O Ipec captou também o nível de impopularidade dos sete concorrentes no páreo pelo Palácio de Ondina. Jerônimo ocupa o topo do ranking dos mais rejeitados pelos baianos, com 24%, praticamente empatado com João Roma. Nome apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-ministro obteve taxa de rejeição de 23%, cinco pontos acima do terceiro colocado da lista, Kleber Rosa, citado por 18%.

Na quarta posição, aparece Marcelo Millet (15%). Já ACM Neto tem o segundo menor índice de rejeição, 14%, apenas um ponto a mais que Giovani Damico, com 13%. Outros 6% disseram que poderiam votar em qualquer um do candidatos, e 28% não souberam ou preferiram não opinar.

Independente da opção de voto para o governo estadual, 64% dos entrevistados pelo instituto acreditam que o ex-prefeito de Salvador será eleito. Para 9%, o candidado do PT é quem vencerá a disputa, contra 4% de João Roma. A expectativa de vitória dos demais nomes não rompeu a barreira dos 2%, enquanto 20% não responderam.

Senado e Presidência
O levantamento do Ipec mediu a tendência dos baianos em relação à corrida para o Senado. No cenário estimulado, Otto Alencar (PSD), que concorre à reeleição, lidera a fila, com 30% e 19 pontos de diferença sobre o segundo colocado, o deputado federal Cacá Leão (PP), escolhido por 11%.

Já a médica Raíssa Soares (PL) obteve 7%, seguida por Marcelo Barreto (PMN) e Tâmara Azevedo (Psol), ambos com 5%, e Cícero Araújo (PCO), com 4%. Brancos e nulos somaram 12%. Embora Otto esteja bem à frente dos adversários,  ainda há um alto número de indecisos sobre a eleição para o Senado, já que o índice dos que não sabem ainda em quem votar ou preferiram não opinar alcançou 22%.

Sobre a sucessão nacional, 61% dos eleitores baianos votariam no ex-presidente Lula (PT) se fossem hoje às urnas. Bolsonaro surge bem abaixo, com 21%. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e a senadora Simone Tebet (MDB) têm 7% e 1%, respectivamente. Juntos, brancos, nulos e indecisos somam 10% no estado.

Ao todo, o Ipec ouviu, entre os últimos dias 23 e 25,  1.008 cidadãos aptos a votar este ano em 51 municípios. A margem de erro estimada para a pesquisa é de três pontos percentuais, com margem de confiança de 95%, ou seja, a probabilidade de que o resultado reflita a tendência atual. A sondagem está registrada na Justiça Eleitoral com os números  BA-02873/2022 e BR-00575/2022.

Favoritismo acima da média  na RMS e entre eleitores dos 25 aos 34 anos

Embora ACM Neto mantenha franco favoritismo em todos os recortes feitos na pesquisa do Ipec, há segmentos em que ele obteve percentuais bem acima da média das intenções de voto. Por idade, o candidato da União Brasil ao governo estadual alcançou 64% na faixa dos 25 aos 34 anos. Em relação à escolaridade, 60% dos eleitores com ensino superior manifestaram preferência pelo ex-prefeito da capital.

No recorte geográfico, as intenções de voto atribuídas a Neto atingiram pico de 69% na Região Metropolitana de Salvador (RMS), onde estão quase um terço dos mais de 11 milhões de eleitores baianos. O desempenho na RMS, em tese, reflete a boa avaliação do ex-prefeito nos oito anos em que administrou a capital   No interior, o percentual é de 51%.

Curiosamente, Neto somou resultados expressivos entre os eleitores que avaliaram  o governo Rui Costa (PT) como regular (61%) e ótimo ou bom (57%). Já os que consideram a gestão do petista ruim ou péssima, o ex-prefeito foi citado por 51%.

Por sua vez,  as intenções de voto em Jerônimo Rodrigues (PT) só ficaram acima da média, considerando ainda a margem de erro, entre os eleitores que avaliam como ótima ou boa a administração do governador, faixa onde obteve 19%.

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