Bahia
Mais de 20 mulheres também relatam assédio cometido por sócio de restaurante de luxo em Salvador
pós denúncia de assédio sexual contra um dos sócios do restaurante 33 Steakhouse vir à tona, mais 29 casos foram revelados. A priori, as primeiras denúncias partiram de adolescentes que foram assediadas, conforme noticiou o BNews. O suspeito é Pedro Miguel, 59 anos, afastado das atividades da empresa.
A partir do relato da publicitária Paloma Portela, de 37 anos, e pela irmã de outra vítima, a advogada Judith Cerqueira, de 24 anos, outras mulheres tiveram coragem de denunciar o agressor, de acordo com o jornal Correio.
Duas pessoas que se disseram vítimas de Pedro Miguel em relato ao Correio. Cíntia (nome fictício), 35, passou por situações de assédio com o mesmo homem em duas ocasiões diferentes — a primeira delas, em 2020. “Estava jantando e tomando vinho com duas amigas no restaurante 33 e ele se apresentou como sócio e sentou perto da gente. Estávamos sentadas em umas poltronas”, começou a contar. Assim como fez com as adolescentes, o suspeito abordou Cíntia e suas amigas oferecendo um convite para a ir à casa dele e passear de lancha. Mesmo com a recusa, segundo ela, o suspeito pediu seu número de telefone. “Eu dei, por educação.”
Ainda de acordo com o jornal, também há três anos, em março de 2020, Verônica (nome fictício), 42 anos, foi ao local, porém, sozinha. “Como era sexta-feira, pedi um gin. Aí, esse Pedro se aproximou e pediu licença pra sentar na minha mesa”, afirmou ela. O pedido do homem foi negado, mas ele não desistiu. “Aí, falou: ‘Tá passeando?”, ao que ela respondeu que tinha ido realizar alguns pagamentos e procurar emprego.
“Perguntou se eu queria trabalhar pra ele, e eu disse que ‘não’. Aí, pedi pra ele se retirar, porque eu tava esperando uma amiga”, prosseguiu Verônica. De acordo com a mulher, instantes depois, Pedro Miguel tentou passar a mão numa de suas pernas. “Aí, eu peguei e empurrei ele.”
Apesar disso, o sócio do 33 Steakhouse persistiu e não saiu da mesa. “Ele botou a mão dele nas partes íntimas e começou a fazer gestos”, disse. “Aí, eu joguei o gin na cara dele. E ele reagiu: ‘Pra que isso?!’”, contou. Após ela ter ameaçado gritar e chamar a polícia, ele resolveu se afastar.
A Polícia Civil informou que o autor do crime já foi intimado e será ouvido na Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca). Procurado pelo BNews, assim que a denúncia foi feita, o homem negou os fatos.
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