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Vídeo mostra humilhação durante curso da PM na Bahia. Dois policiais morreram

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Vídeo mostra humilhação durante curso da PM na Bahia

Um vídeo disponibilizado por um policial militar e divulgado pela Record Bahia mostra policiais sendo humilhados durante um dos cursos para ingresso em um dos grupamentos especiais da Polícia Militar.

As imagens mostram policiais levando tapa no rosto, após estarem ajoelhados e com as faces cobertas, e sendo impedidos de pegar comida e água.

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A data da realização deste treinamento, no entanto, não foi divulgada. No início desta semana, quatro policiais foram internados após passarem mal durante um treinamento para ingresso no Batalhão de Choque da Polícia Militar. Por conta da  exaustão provocada depois de correr 10 quilômetros fardados e de coturno, dois policiais (Luciano Fiuza de Santana, 29 anos, e Manoel dos Reis Freitas Júnior, 34 anos) morreram e um terceiro está internado em estado greve no Hospital São Rafael, em Salvador. O soldado Paulo David Capinam da Silva Pedro, 26 anos, da 81ª CIPM/Itinga, internado no Hospital Aeroporto, em Lauro de Freitas, recebeu alta nesta quinta-feira, 19.

O soldado Paulo David Capinam da Silva Pedro, 26 anos, da 81ª CIPM/Itinga, internado no Hospital Aeroporto, em Lauro de Freitas, recebeu alta nesta quinta-feira, 19.

Policial internado

O tenente Joserrise Mesquita de Barros, 30, um dos quatro militares que tiveram mal-estar após o Teste de Habilidade Específica (THE), precisará de um transplante de fígado. A informação é da assessoria de comunicação da Associação de Policiais e Bombeiros e  Familiares do Estado da Bahia (Aspra), com base no  relato de um PM amigo do tenente, que não quis se identificar.

Segundo ele, Joserrise teve falência hepática e renal. A assessoria do Hospital São Rafael, onde o militar está internado em estado grave, disse não ter autorização para comentar sobre o assunto.

Conforme o secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, a perícia será fundamental para esclarecer se os candidatos  tomaram algum tipo de medicamento, ou substância para melhorar o condicionamento físico. “Porém, se for constatado que houve excesso na seleção, nós mudaremos a forma de ingresso desses policiais”, disse.

Sepultamentos

Às 16h desta quinta-feira, 19, foi enterrado o corpo do soldado Luciano Fiuza de Santana, 29, no Cemitério Campo Santo. A cerimônia contou com  honras militares e homenagens do Batalhão de Choque.

Luciano Fiuza foi o 2º a morrer após o treinamento (Erick Tedy | Reprodução | Facebook)

Fiuza foi o segundo a morrer (quarta-feira à noite) após participar do Teste de Habilidade Específica. Segundo familiares, o rapaz possuía um bom estado de saúde e não usava medicamentos ou anabolizantes.

Pela manhã, também foi sepultado, em Valença, o soldado Manoel dos Reis Freitas Júnior, 34,  primeiro  a morrer. Ele correu 6 dos 10 quilômetros exigidos pelo teste. De acordo com avaliação médica, a vítima apresentou quadro de insuficiência renal, seguido de uma parada cardíaca.

Segundo o cardiologista José  Esteves,  professor da Faculdade de Medicina da Ufba, é um exagero uma corrida de 10 km em processos de seleção,  principalmente se os concorrentes não tiverem preparo físico e não vestirem roupa apropriada. “Além disso, hormônios, anabolizantes à base de testosterona e outros sintéticos, anfetaminas, e outras drogas, podem causar insuficiência renal”, disse.

Manoel dos Reis Freitas Júnior morreu nesta terça (Foto: Reprodução | Arquivo Pessoal)

Manifestação

Por volta das 15h desta quinta, integrantes da Aspra fizeram uma caminhada da Praça Municipal até o Ministério Público, onde entraram com uma representação, solicitando investigação detalhada da morte dos policiais.

Segundo o coordenador Marcos Prisco, a Aspra reclama da falta de estrutura  para dar suporte ao teste. “É preciso fazer  exames mais apurados da qualidade física dos participantes, também queremos explicações sobre a ausência de  ambulância UTI durante a atividade”, disse.

De acordo com a PM, todos os procedimentos necessários à aplicação do THE foram adotados, tais como: acompanhamento da coordenação do curso, presença de ambulância, distribuição de água mineral durante toda a prova e tempo para aquecimento e alongamento.

(Jornal A Tarde/ Andrezza Moura)

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