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Aeronáutica colombiana confirma falta de combustível no avião da Chapecoense

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A Aeronáutica da Colômbia confirmou nesta quarta-feira 1º que o avião da companhia aérea boliviana LaMia que transportava a delegação da Chapecoense não tinha combustível no momento da queda, nas proximidades do aeroporto de Medellín.

“Podemos afirmar claramente que a aeronave não tinha combustível no momento do impacto, portanto iniciamos um processo de investigação para saber o motivo”, afirmou o secretário colombiano de Segurança da Aeronáutica Civil (Aerocivil), Freddy Bonilla.

A aeronave caiu na última terça-feira nas proximidades da cidade de La Unión, no departamento de Antioquia, a apenas 17 quilômetros do aeroporto, deixando 71 mortos e seis sobreviventes. A falta de combustível tem sido apontada por especialistas como uma das prováveis causas do acidente. Uma gravação divulgada nesta quarta-feira revelou uma conversa que seria a última entre o piloto do avião e o controle aéreo em Medellín.

No áudio, o piloto relata à torre de controle uma falha elétrica e falta de combustível na aeronave. “Senhorita, LaMia 933 está em pane total, pane elétrica total, sem combustível”, diz uma voz identificada como a do piloto do avião.

Bonilla observou que as normas internacionais estabelecem que uma aeronave deve estar abastecida de combustível suficiente para cobrir a totalidade de sua rota, além de uma quantidade adicional que lhe permita chegar a um aeroporto alternativo em caso de necessidade.

Segundo o secretário, essa reserva adicional de combustível acrescentaria uma autonomia de voo de 30 minutos à aeronave. Ele disse ainda que as condições meteorológicas em Medellín eram ideais para que o avião fizesse sua aproximação e sua aterrissagem.

O Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Legistas da Colômbia afirmou que, até o momento, foram identificados 59 corpos, dos quais 52 são de brasileiros além de cinco bolivianos, um paraguaio e um venezuelano.

Follmann passará por nova cirurgia

O goleiro Jackson Follmann, um dos seis sobreviventes do acidente, será submetido a uma nova cirurgia em seus membros inferiores. Em comunicado, o diretor médico do Hospital São Vicente Fundación, Ferney Rodríguez, confirmou que os médicos da Chapecoense e a família do jogador, que teve sua perna direita amputada, autorizaram o procedimento.

Segundo Rodríguez, Follmann foi “avaliado por diferentes especialistas, e dentro da avaliação foi determinada a necessidade de realizar amanhã a cirurgia, para determinar a evolução clínica de suas lesões em seus membros inferiores”. O atleta continua na unidade de terapia intensiva e vêm apresentando uma “evolução positiva”, apesar do estado crítico em que se encontra. (Carta Capital)

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