Estudantes da rede estadual criam aplicativo para incentivar coleta seletiva em Ilhéus

No Centro Estadual de Educação Profissional Álvaro Melo Vieira (NTE 5), em Ilhéus, estudantes do curso técnico em Administração desenvolveram o Coopeteck, um aplicativo que estimula a coleta seletiva no município. A iniciativa reflete os investimentos da Secretaria da Educação do Estado (SEC) em infraestrutura, tecnologia e projetos voltados para a pesquisa, incentivando os estudantes a criarem soluções para desafios sociais e ambientais.

O Coopeteck busca otimizar o agendamento da coleta seletiva e fortalecer a economia solidária, aproximando cidadãos e cooperativas de reciclagem. Com um sistema de recompensas e gamificação, a plataforma incentiva a participação ativa da comunidade e amplia a produtividade de cooperativas como a Coolimpa, que, atualmente, atende mais de 700 residências e coleta cerca de 42 toneladas de recicláveis por mês, beneficiando 30 catadores associados.

Idealizado pelos estudantes Emilly dos Santos e Ícaro Silva Santos, sob a orientação das professoras Nádia de Carvalho, Maria Tavares e Karla Belém, o aplicativo permite que usuários encontrem cooperados próximos, por meio de geolocalização em tempo real. Além disso, a ferramenta organiza a separação e destinação correta dos resíduos, tornando a coleta mais eficiente e sustentável. “Com um banco de dados estruturado, podemos ampliar a adesão da população e melhorar a produtividade das cooperativas”, explicam os criadores do projeto.

Participar da iniciativa foi uma experiência transformadora para a estudante Emilly dos Santos. Ela revela que o projeto a fez enxergar como a tecnologia pode ser uma ferramenta poderosa para a resolução de problemas reais, principalmente aqueles de impactos sociais, econômicos e ambientais. “Pude aplicar, na prática, conhecimentos adquiridos em sala de aula e desenvolver habilidades como pesquisa, comunicação e inovação, além de desenvolver minha visão crítica sobre a sustentabilidade. O incentivo à inovação científica foi fundamental neste processo, porque permitiu explorar soluções para desafios concretos e entender a importância do meu papel como cidadã”, afirma.

A estudante destaca, ainda, que a experiência ampliou sua formação, tornando-a mais consciente e preparada para agir em prol da sociedade. “O aprendizado vai muito além da teoria, porque a gente faz parte da mudança”, avalia. Para a professora Nádia de Carvalho, o projeto é um exemplo concreto de como a tecnologia e a educação podem transformar a sociedade e promover um aprendizado significativo para os estudantes e impacto positivo também para a comunidade envolvida. “Quando conseguimos integrar o conhecimento técnico e sustentável, a inovação social, dentro de um ambiente de sala de aula, é muito bom porque fortalece o interesse do aluno e seu compromisso com a sociedade para um futuro mais colaborativo e sustentável”, ressalta.

O Coopeteck está em fase de testes com um grupo restrito de usuários e a equipe segue aprimorando funcionalidades com base no feedback recebido. O sistema de pontuação e ranking torna o processo mais dinâmico, incentivando a adesão da comunidade e garantindo benefícios, tanto para os catadores, quanto para os cidadãos.

Fonte: Ascom/SEC