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PIRIPÁ: CIDADE DE 9 MIL HABITANTES TEM O MAIOR ÍNDICE DE DENGUE DA BAHIA

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Mesmo com uma população cinco vezes menor do que a capacidade da Arena Fonte Nova, a cidade de Piripá tem o maior coeficiente de incidência de pessoas com dengue da Bahia. O município de 9.152 habitantes é localizado no centro-sul do estado e fica a 120 quilômetros de Vitória da Conquista. Moradores da cidade relatam preocupação com a explosão de casos e com os focos de água parada.

Uma morte pela doença já foi registrada na cidade. Os dois filhos da comerciante Marcilene Ribeiro foram hospitalizados no mês passado por conta da dengue. No ano passado, dois dos três filhos já tinham sofrido com a chikungunya, que também é transmitida pelo mosquito aedes aegypti. “Dessa vez, os meninos de 5 e 11 anos precisaram ficar um dia internados tomando medicação. Ficaram com muita dor no corpo, febre e falta de apetite”, relata.

De acordo com o último boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), Piripá possui um coeficiente de incidência de dengue de 7.954,5 a cada 100 mil habitantes. O número é mais do que o dobro do que a taxa de Jacaraci (3.304,2), que aparece em segundo lugar. Ao menos 38 cidades da Bahia estão com surto da doença. “É comum que a gente tenha surtos de dengue na cidade, mas nunca vi nada tão grave como agora”, completa Marcilene

Ribeiro. Moradores revelam que pacientes estão sendo transferidos para outras cidades, uma vez que o Hospital Municipal Maria Pereira Barbosa não está dando conta de atender todos os doentes. A reportagem tentou entrar em contato com a prefeitura de Piripá, mas não obteve retorno. A secretária de Saúde da cidade também foi contatada, mas não respondeu aos questionamentos.

Integrantes do Corpo de Bombeiros foram mobilizados e devem reforçar o combate à doença nesta semana. Carros fumacê também estão sendo utilizados em Piripá. A estratégia consiste na pulverização de inseticida para eliminar a maior parte dos mosquitos adultos presentes na região. Mesmo assim, moradores se preocupam com o avanço da dengue. Plínio nasceu na cidade e revela quais estratégias têm usado para evitar ser picado pelo mosquito.

“A situação está muito delicada. Estamos usando repelente 24 horas por dia e mesmo assim temos medo”, conta. Sua esposa, Cristiane, fala do medo da proliferação do mosquito. “Aqui perto de casa vemos muitas construções que acumulam água parada. Estamos passando pelo período de chuva”, diz.

A cidade enfrentou algumas das ondas de calor que afetaram diversas regiões de país no ano passado. As altas temperaturas favorecem a proliferação do mosquito vetor da dengue. No dia 7 deste mês, a prefeitura realizou um ‘mutirão de educação’, em que equipes de saúde passaram nas residências com o objetivo de identificar possíveis focos de dengue. (Com informações do CORREIO)

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