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PSB baiano mantém resistência a Joaquim Barbosa
Se o PSB nacional está dividido com a possibilidade da candidatura do ex-presidente do STF, Joaquim Barbosa, a legenda na Bahia também está na mesma situação. Em janeiro, a senadora Lídice da Mata concedeu entrevistas levantando dúvidas sobre o apoio ao nome dele para a corrida ao Palácio do Planalto. Com até 10% das intenções de voto em um dos cenários do Datafolha, Barbosa é visto por analistas como o candidato “outsider” da próxima eleição. “A candidatura dele ainda não está decidida, tanto da parte dele, como também da parte do diretório nacional do PSB.
No entanto, muita gente dentro do PSB vê a possibilidade de candidatura dele com muito entusiasmo. Primeiro que ele é um jurista e não um justiceiro. Não é perseguidor. Ele conduz os processos com muita isenção e propriedade. Segundo que ele mantém uma posição de coerência que tem provocado muito interesse do povo por ele. Tanto é que, sem ele declarar que é candidato, somente com a filiação dele, ele sobe de para 10%. Isso tem um significado”, afirmou Domingos Leonelli (PSB), ex-secretário de Turismo da Bahia, à Tribuna.Apesar de não querer ser candidato em 2018 e manter uma posição discreta na cena política, Leonelli continua mantendo uma posição de influência na cúpula estadual do PSB. Indagado se a legenda baiana é contra a candidatura dele, o socialista afirmou: “Isso não procede. Não houve nenhuma discussão a esse respeito. Hoje nós tivemos uma reunião do diretório do PSB e nós discutimos a candidatura de Lídice ao Senado. Não examinamos essa questão ainda. Não existe nenhuma posição do PSB”.Domingos Leonelli, no entanto, revela que há sim algumas dúvidas que pairam entre os filiados: “A senadora Lídice colocou algumas preocupações naturais. É natural. Ele é uma pessoa que não vem da política. Isso não é nenhuma avaliação política coletiva. É apenas uma manifestação de preocupação. Creio que, com o crescimento dele se ele for candidato, não vai impedir as alianças nos estados”. “A preocupação principal de Lídice, e também minha, era o prazo dessa candidatura. Ela não se construiu ao longo de um tempo necessário para maturação. Ela está lançada a seis meses da eleição. Isso é muito pouco. É a única preocupação que eu vejo. Ele sabe que o partido tem muitas alianças nos estados. Dificilmente ele terá uma posição unânime dentro do partido”, completou. Leonelli também levanta que um cenário inusitado pode acontecer caso o PT resolva indicar o ex-governador Jaques Wagner para o pleito. “Não temos alianças nacionais ainda, porque o PT ainda não apresentou uma candidatura alternativa a de Lula. Se for Wagner, por exemplo, dificilmente nós deixaríamos de apoiar”, aponta. “É uma opinião pessoal minha. Se uma situação dessa for colocada, nós vamos ter que discutir muito. Porque a tendência forte é essa, que os nossos companheiros do PSB queiram apoiar Wagner. Nós temos uma ligação forte com Wagner”.
Tribuna da Bahia
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