Com mais de 700 profissionais afastados por causa da Covid-19, o Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindpoc) afirmou ao G1, nesta terça-feira (2), que é baixa a distribuição de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e usou tom de preocupação ao se referir à situação das delegacias. Além do sindicato, uma mulher denunciou que algumas unidades da cidade pararam de registrar ocorrências.
No total, 700 policiais civis foram afastados por estarem no grupo de risco, e outros 73 por causa de licença médica. Isso significa que cerca de 14% do efetivo (5478 pessoas na corporação) estão longe das atividades. Segundo o secretário geral do Sindicato dos Policiais Civis (Sindpoc), Marcos Maurício, um dos problemas é a quantidade limitada dos EPIs.
As medidas mais rígidas e o aumento no números de casos da Covid-19 na Bahia começaram ainda no mês março. De lá para cá, houve registro de pelo menos dois policiais civis mortos com a doença. A mais recente ocorreu na segunda-feira (1º). Brás Nivaldo Pompelho de Abreu tinha 60 anos. Desde então, todos os profissionais com testagem positiva são afastados. A preocupação, no entanto, é com quem teve contato com eles.
Por meio de nota, a Polícia Civil, contou que “servidores sintomáticos e principalmente testados positivos para a Covid-19 são isolados imediatamente sob monitoramento do Departamento Médico da Polícia Civil (Demep)”. Ainda de acordo com o secretário geral do Sindicato dos Policiais Civis (Sindpoc), Marcos Maurício, a falta de equipamentos e os casos de contato com as pessoas contaminadas despertam uma preocupação nas delegacias. Ele fala que as unidades podem virar pontos de transmissão.