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Líder turco troca 10 ministros após escândalo de corrupção

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O primeiro-ministro da Turquia, Tayyip Erdogan, afirmou ter trocado 10 ministros do gabiente, a metade do total, depois que três deles se demitiram nesta quarta-feira por causa de um escândalo de corrupção.TURKEY-POLITICS-CORRUPTION-PROBE-GRN1F9KFR.1

Entre os ministros substituídos, está o responsável pela União Européia, Egemen Bagis, que teria sido chamado na investigação, mas até agora não havia renunciado. A lista inclui também posições-chave, como ministros de Economia e Justiça.

Mais cedo, três ministros turcos pediram demissão, e um deles disse que o primeiro-ministro do país deveria renunciar. O desafio sem precedentes aumenta a tensão de uma crise que já dura uma semana, que colocou Erdogan em rota de colisão com o Judiciário e despertou o sentimento antigoverno que havia se acalmado desde os protestos de rua de meados do ano.

Apesar de as demissões terem ocorridas no Dia de Natal, época de pouca atividade dos mercados, o índice das ações do país caiu, e o câmbio se desvalorizou.

Os ministros do Interior, da Economia e do Meio Ambiente, que estão deixando o governo, tiveram um filho detido cada um no dia 17 deste mês, quando a polícia divulgou uma longa investigação sobre alegações de corrupção envolvendo o Halkbank, um banco estatal. Dois dos filhos continuam sob custódia com outras 22 pessoas, incluindo o presidente do banco.

Os ministros do Interior e da Economia fizeram coro com o primeiro-ministro, dizendo que a investigação não tinha base e se tratava de uma conspiração contra o governo. No entanto, o ministro do Meio Ambiente, Erdogan Bayraktar, se voltou contra o líder turco. “Pelo bem-estar desta nação e país, eu acredito que o primeiro-ministro deve renunciar”, disse ele em entrevista.

O comentário de Bayraktar pode contribuir para a manutenção da pressão sobre Erdogan, mesmo com as demissões do ministro do Interior, MuammerGuler, e o da Economia, Zafer Caglayan, saídas que para alguns analistas demoraram demais para ocorrer.

Erdogan não respondeu de imediato aos comentários de Bayraktar. No entanto, na sua primeira aparição pública depois das demissões, o premiê pareceu não ter se afetado. (O Globo)

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