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Rui Costa e Paulo Souto evitam confronto direto em último debate antes das urnas
O último debate dos candidatos ao governo do Estado antes das eleições que ocorrem no próximo domingo (5), aconteceu na noite desta terça-feira (30), na TV Bahia e a única exceção aos presentes foi a candidata do PSTU, Renata Mallet.
Os candidatos chegaram ao local do debate refutando a ideia de que a oportunidade seria uma espécie de último suspiro no que diz respeito à campanha de cada um.
Mediado pelo jornalista William Waack, o que se viu inicialmente no fórum foram muitas acusações por parte de alguns candidatos. Cada um teve a possibilidade de responder a, no máximo, duas perguntas em cada bloco, tendo um minuto para réplica e um minuto para tréplica. O ex-governador e candidato do Democratas (DEM), Paulo Souto e o do Partido dos Trabalhadores (PT), Rui Costa, evitaram o confronto direto e pouco debateram sobre suas propostas ou confrontaram dados.
“Holocausto na Bahia“
Por outro lado, o candidato do PRTB, Da Luz, fez questão de repetir as palavras de Geddel Vieira Lima em eleições passadas contra Paulo Souto, questionando o porquê de, em oito anos, o candidato não ter feito o que prometeu, antes de debater sobre a questão da taxa de homicídio. A resposta veio com analogias por parte do democrata, que alegou que após o seu governo, o que viu na Bahia foi um “verdadeiro holocausto”.
Com a língua afiada, Da Luz responsabilizou Souto pelos assassinatos da época em que governou. “O senhor tem responsabilidade por este sangue derramado, ex-governador, porque a educação é, em qualquer lugar no mundo, o princípio número um de se combater a violência. Os assassinos são aquelas crianças que o senhor não possibilitou de ter um futuro melhor”, disse.
Sobre a educação, a candidata Lídice da Mata bateu na tecla de que implantará colégios em tempo integral no Estado e prometeu que dará oportunidade para a população, além de investir mais nos professores e realizar o pagamento da Unidade Real de Valor (URV) da classe.
Ao ser perguntada sobre o que faria com relação a segurança após uma considerável quantidade de caixas eletrônicos serem explodidos em todo o Estado, ela apontou um aumento na criminalidade durante os governos do PT e do DEM, alegando que os dois partidos possuem a mesma posição à respeito da Segurança Pública, que seria o investimento em equipamentos e armamentos, em vez da educação.
“Vou apresentar projetos de inclusão social para a juventude negra, para a juventude linda da cidade de Salvador e de todo o Estado da Bahia”, comentou ao longo da resposta.
“De galera”
O candidato do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Marcos Mendes, seguiu a sua linha estatística dos outros debates e apresentou diversos dados para embasar suas perguntas, desviando-se por vezes do assunto quando era responsável por dar respostas. Um dos mais acionados no debate, o candidato Paulo Souto (DEM) chegou a alegar que estava sendo pego “de galera” pelos outros candidatos, mas que não via problema em falar sobre seus feitos. Ele ainda negou que possuía qualquer tipo de problema com as corporações de policia militar e civil ao ser acusado por Da Luz de não olhar para a categoria.
Acusações
Quando os ânimos ficaram mais exaltados, Marcos Mendes afirmou que Paulo Souto foi “testa de ferro” do já falecido senador Antônio Carlos Magalhães (ACM). O candidato democrata também foi acusado por Da Luz de estar sendo leviano em algumas declarações. Souto respondeu enaltecendo os feitos do extinto PFL e foi prontamente rebatido pelo candidato do PRTB. “Prometer pagar o URV e não pagar. Essa conversa nós já vimos lá atrás. O senhor nunca pagou. Estão aqui os funcionários públicos, que sabem o que estou falando. Valorizar o funcionário público é tratá-lo com respeito e dignidade”, disparou Da Luz.
“Em nenhum momento fui acusado de qualquer ato que ferisse os princípios da ética. Esse foi sempre o meu comportamento e não tem nada a ver com o que está acontecendo agora. Estou absolutamente tranquilo do ponto de vista da lisura da minha vida pública. Esse é o patrimônio que eu não abro mão. Aliás, falando em problemas sociais, esse governo que se diz ser defensor do pobre, em 2013 deixaram intocados, sem aplicar, R$ 481 milhões”, acusou.
Novas propostas pouco se viram no debate, que poderia ser resumido em ataques, defesas, estatísticas, louros e acusações de feitos do passado. (Ibahia)
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