BRASIL & MUNDO
Champignon atirou duas vezes antes de morrer, diz delegada
Primeiro tiro foi no chão, para testar a arma, afirma a delegada do caso.
Mulher relatou que casal discutiu no restaurante, mas não deu motivo.
A delegada Milena Suegama, do 89º Distrito Policial, disse nesta segunda-feira (9) que Champignon fez dois disparos antes de morrer. O primeiro, no chão, para checar o funcionamento da pistola 380 e, depois, deu um tiro na cabeça. Ela afimou ainda que Cláudia Campos, esposa do músico Champignon, contou que teve uma discussão no restaurante com o marido. O tema da discussão ocorrida na noite de domingo (8) não foi revelado, segundo a delegada.
O ex-integrante da banda Charlie Brown Jr. Luiz Carlos Leão Duarte Junior, conhecido como Champignon, foi encontrado morto com um tiro na boca nesta madrugada em seu apartamento na região do Morumbi, logo após o casal ter voltado para casa.
Segundo a delegada, ela teve uma breve conversa com Cláudia ainda na madrugada, mas que ela não teve condições de falar muito. Entretanto, Cláudia descreveu Champignon como uma pessoa calma, mas disse que teve uma discussão com o marido no restaurante e não contou o motivo.
A conversa da delegada e Cláudia ocorreu antes dela passar por atendimento no Hospital Metropolitano. Grávida de 5 meses, ela passou por exames entre 2h32 e 6h50. “Eu tive uma conversa muito breve com a mulher antes dela entrar para a ultrassom. Ela não está em condições de falar, mas disse que eles tiveram uma discussão no restaurante. Ela o descreveu como uma pessoa calma”, afirmou a delegada.
Ao SPTV, o delegado-geral, Maurício Blazeck, contou que informações preliminares dão conta que Champignon passava por dificuldades financeiras e esse teria sido o motivo da discussão no restaurante. A esposa foi muito clara: ela disse que ele não faz uso de drogas nem de medicamentos controlados. (…) As críticas artísticas estavam o deixando incomodado. Ele demonstrava frustração.” Milena Suegama, delegada do 89ª Distrito Policial
O baixista tinha 35 anos e estava em seu segundo casamento. A Polícia Civil investiga se ele cometeu suicídio. Na noite de domingo (8), o casal tinha participado de um jantar com amigos. Eles voltaram para o prédio de carona e subiram para o apartamento caminhando sem conversar, segundo relato de pessoas que viram as imagens das câmeras de segurança.
Pouco depois de o casal chegar ao imóvel, vizinhos disseram ter ouvido barulho de tiro por volta de 0h30. “A esposa foi muito clara: ela disse que ele não faz uso de drogas nem de medicamentos controlados. (…) As críticas artísticas estavam o deixando incomodado. Ele demonstrava frustração”, disse.
Policiais militares e uma equipe do Samu foram ao local e já encontraram Champignon morto. O corpo do baixista foi retirado do apartamento por funcionários do Instituto Médico-Legal (IML) pouco antes das 5h. O caso será registrado como suicídio no 89º Distrito Policial, em São Paulo.
Vizinho do casal, o corretor de imóveis Alexandre Benaion, de 40 anos, mora no mesmo andar e foi o primeiro a chegar para prestar socorro. “Eu ouvi um tiro, fui ver o que era e o rapaz já estava caído, cheio de sangue”, disse. O corretor disse ter ficado surpreso com o suposto suicídio, porque o músico aparentava ser uma pessoa tranquila.
Segundo Benaion, a esposa de Champignon, que se chama Cláudia Campos, está gravida de 5 meses. Após o corpo ter sido achado, Cláudia foi levada para um hospital, em choque. “Ela estava abalada, gritando, não falou nada, só gritava”, disse.
Cláudia passou por atendimento no Hospital Metropolitano entre 2h32 e 6h50. O centro médico informou que não vai divulgar detalhes, mas que a alta sinaliza que ela não teve complicações. O casal morava no apartamento, localizado no 10º andar, há cerca de um ano e seis meses. O imóvel do casal tem três quartos. O corpo foi achado no cômodo onde eram guardados equipamentos musicais e funcionava com um estúdio.
O síndico do prédio, Gino Castro, entregou para a polícia as imagens que mostram o músico e a mulher chegando ao prédio, pouco depois da meia-noite deste domingo. Segundo ele, o comportamento de Champignon era “normal, como de qualquer outro morador”. “Super tranquilos. Nunca tive nenhuma reclamação. Muito solidário com a molecada do condomínio”, disse Castro (G1)
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