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DE OLHO NO ESPORTE

Em fases distintas, mas com muitas semelhanças, Neymar e Robinho se enfrentam

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Pela primeira vez em jogo oficial, Neymar, 21, enfrentará seu ídolo, Robinho, 29. A partida desta terça-feira, em Milão, vale pela terceira rodada da fase de grupos da Liga dos Campeões da Europa.

Robinho finge engraxar chuteira de Neymar na goleada do Santos por 10 a 0 sobre o Naviraiense (MS), em 2010

Robinho finge engraxar chuteira de Neymar na goleada do Santos por 10 a 0 sobre o Naviraiense (MS), em 2010

No Barcelona, está o astro em ascensão e a maior esperança brasileira para o próximo Mundial. No lado do Milan, o craque em decadência, que decepcionou nas últimas duas Copas, mas que ainda sonha ser lembrado para 2014.

Se o momento na carreira os distancia, eles compartilham várias semelhanças. E são amigos. Na infância, viveram em áreas pobres de São Vicente, no litoral paulista. Foram descobertos pelo olheiro Betinho e empresariados pelo agente Wagner Ribeiro.

Neymar sempre disse que se inspirou em Robinho e seguiu seus passos nas categorias de base do Santos.

São dois grandes ídolos recentes do clube da Baixada Santista e protagonistas das maiores conquistas alvinegras após a despedida de Pelé: a Taça Libertadores de 2012, com Neymar, e os Brasileiros de 2002 e 2004, com Robinho. Ainda foram parceiros nos títulos do Paulista e da Copa do Brasil, em 2010.

Quando Neymar era adolescente, o apelido de “Novo Robinho” tinha um tom elogioso. Nos anos seguintes, essa comparação sinalizou o risco de decepção futura.

Robinho se transferiu para o Real Madrid dos galácticos, em 2005, com o objetivo de se tornar o melhor jogador do mundo, porém nunca passou perto disso.

Mais completo e goleador, Neymar chegou à Europa em agosto e mantém sonho idêntico, hoje no arquirrival do time espanhol.

“Dei alguns conselhos para o Neymar, falei para ele que o Barcelona ia acolhê-lo melhor. Nada contra o Real Madrid, que também é um grande clube, mas o Barcelona teoricamente é um time em que parece que ele vai encaixar melhor. E o Real Madrid é cada um por si e Deus por todos”, revelou Robinho ao programa Esporte Espetacular, da TV Globo, em junho deste ano.

MUITA HISTÓRIA

Em número de títulos da Liga dos Campeões, somente o Real Madrid, com nove, supera o Milan, que tem sete. O Barcelona contabiliza quatro.

As equipes da Catalunha e de Milão duelaram seis vezes nas últimas duas edições da competição, com vantagem azul-grená.

Em 17 confrontos por torneios continentais, foram sete vitórias do time espanhol, cinco da equipe italiana e cinco empates.

O Barça lidera o Grupo H com seis pontos. O rubro-negro é vice, com quatro. Ajax, com um, e Celtic, zerado, jogam na Escócia.

No elenco visitante, Messi recuperou-se de lesão. O lateral esquerdo Jordi Alba, não.

Principal nome milanista, Balotelli, que estava machucado, foi relacionado pelo Milan para o jogo. Em 2006, ele passou cinco dias nas categorias de base do Barça, mas não ficou.

O zagueiro francês Mexes e o volante holandês De Jong também voltam à escalação vermelha e preta. O atacante El Sharaawy continua fora, assim como o goleiro Abbiati, que será substituído por Amelia.

O treinador rubro-negro, Massimo Allegri, pede atenção à defesa, como no triunfo por 2 a 0, em fevereiro, pelas oitavas de final –na Espanha, Messi e companhia deram o troco com 4 a 0 e avançaram no mata-mata.

“Eles têm posse de bola. (A gente) precisa repetir a partida passada, com grande agressividade, tentando não dar espaços. Além de Messi, Xavi, Iniesta e Fabregas, o Barcelona possui soluções diferentes na frente, melhorou com Neymar, que ataca em profundidade e é um dos melhores do mundo”, analisou o técnico.

“O jogo será importante para todos, sobretudo para a classificação. É sempre um desafio rico de fascínio, no mais alto nível europeu, ficam os mais fortes do mundo”, acrescentou.

No Campeonato Italiano, o Milan é oitavo colocado, com três vitórias, dois empates e três derrotas. No Espanhol, o Barcelona está no topo, com oito vitórias e um empate. Sábado, fará clássico contra o Real Madrid em casa.

O árbitro no estádio San Siro, em Milão, será Felix Brych, 38, que validou “gol fantasma” do Bayer Leverkusen contra o Hoffenhiem, sexta-feira, no Campeonato Alemão.

Ele já apitou 52 jogos de competições europeias, 23 delas da Liga dos Campeões. Trabalhou ainda em Japão 1×2 México, pela Copa das Confederações de 2013, e na Olimpíada de 2012. (Folha de São Paulo)

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