O número de vítimas da quadrilha que usava o CRM de médicos ilegalmente em Jitaúna, na região do Médio Rio de Contas, não para de crescer.
Nesta terça-feira (2), mais um médico denunciou ao Bahia Notícias ter tido seu registro médico utilizado indevidamente por falsários no município. O clínico-geral Tiago Farias de Almeida afirmou ter sido informado nesta segunda-feira (1º) sobre como se tornou vítima dos criminosos, que se passavam por ele no Hospital Nossa Senhora de Fátima. Com atuação na cidade de Lagoa Real, no sudoeste baiano, Almeida, assim como os também clínicos-gerais Caroline Gomes Cajui e Matheus Machado, nunca esteve em Jitaúna. “Entraram em contato com a Secretaria de Saúde daqui e eles repassaram a informação para mim. Disseram que eles já usam meu CRM há um ano. O pior é que nunca fui para Jitaúna, nunca passei nem perto da cidade”, afirmou. O médico afirmou que não pretende tomar medidas judiciais contra os falsários, mas vai fazer boletim de ocorrência para se resguardar de possíveis processos. “Eu não vou te dizer que tenho raiva da pessoa, eu tento não julgar, não sei da necessidade das pessoas que fizeram isto. Só vou fazer o boletim de ocorrência para que eu possa me defender, caso alguém me processe por alguma coisa, já que eles usaram meu nome. Só não quero que meu lado seja prejudicado”, explicou. As investigações sobre a atuação da quadrilha foram conduzidas pela Coordenadoria de Polícia do Interior de Jequié (Coorpin). O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público da Bahia (MP-BA).
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