Paciente morre em hospital e família culpa falta de água

Um paciente do Hospital Geral Clériston Andrade, em Feira de Santana, morreu na manhã desta sexta-feira (9) em decorrência de problemas cardíacos e renais.

Foto Ilustrativa

Aloísio Arcanjo de Freitas, 51 anos, precisava passar por uma hemodiálise que estava marcada para esta quinta-feira (8) , mas segundo a família o procedimento não aconteceu por falta de água.

O município que fica a cerca de 115 quilômetros e mais cinco cidades do interior da Bahia ficaram sem água da manhã de ontem até a madrugada de hoje. No entanto, a direção do Hospital Clériston Andrade alega que isso não interferiu no funcionamento do hospital e outros pacientes que precisaram passar por hemodiálise ontem tiveram o procedimento realizado.

Segundo a unidade médica, um médico examinou o paciente ontem e constatou que seu estado era grave e por isso ele não poderia passar pela hemodiálise. Ele estava internado desde a última terça-feira na sala vermelha do hospital, onde ficam internados os pacientes clínicos graves. Aloísio morreu na manhã desta sexta-feira, por volta de 10h.

O filho do paciente, André Ramos, alega que essa versão foi passada pela família apenas na manhã de hoje, quando ele foi liberar o corpo do pai no hospital para o sepultamento. “Falaram para o meu tio [irmão do paciente] que não iam fazer a hemodiálise porque não tinha água. A gente ficou sem saber o que fazer”, relata André.

Ainda segundo o sobrinho da vítima, a hemodiálise estava marcada para 13h. A família visitou o paciente por volta de 15h e nenhum funcionário do hospital informou que o procedimento não havia sido feito por conta do estado de saúde.

Em nota, a Embasa confirma a interrupção no abastecimento de água a partir da manhã de ontem por conta de um vazamento em uma rede adutora de grande porte. O problema foi solucionado apenas às 3h30 da madrugada de hoje e a partir desse momento o fornecimento foi restabelecido gradativamente. Além de Feira de Santana, as cidades de Conceição da Feira, São Gonçalo, Santa Bárbara, Tanquinho e Santanópolis foram prejudicadas. (Correio da Bahia)