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Pequenos produtores rurais fecham entrada de Buerarema, na BR-101

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Mobilização foi iniciada por volta das 17h desta quarta-feira (25), sul da BA.
Protesto é por tempo indeterminado e é motivado por disputas de terras.

Foto Ilustrativa

Conflito por terras

Pequenos produtores rurais bloqueiam a entrada da cidade de Buerarema, no sul da Bahia, por causa dos conflitos de terra com indígenas, desde as 17h desta quarta-feira (25), segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

O protesto se manteve até por volta das 23h e travou os dois sentidos da BR-101. Além da PRF, a Polícia Militar e a Força Nacional de Segurança prestaram assistência ao local.

Por mais de 5 horas, os policiais negociaram com os manifestantes, que pediam uma reunião com o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.  A equipe de negociação conseguiu entrar em contato com a Secretaria da Presidência e uma reunião foi agendada primeiramente para o dia 10 de outubro, data que foi negado pelos manifestantes. Em seguida, foi agendada um contato para a próxima semana.

O diretor da Associação de Pequenos Produtores, Abiel Santos, afirmou que três mil pessoas estavam no local do início da ação. “A previsão é colocar 10 mil pessoas de hoje para amanhã [quinta-feira]. As pessoas estão perdendo as suas casas e ninguém faz nada. Tem muito bandido se passando por índio. Não aguentamos mais a indiferença do governo”, diz o produtor. Segundo Abiel Santos, duas propriedades foram invadidas nesta quarta-feira e um idoso de 80 anos foi agredido. A Polícia Federal afirma que não tem conhecimento das duas ocupações.

Conflito
A localidade conhecida como Serra do Padeiro, entre Buerarema, Una e Ilhéus, é alvo de disputa entre índios e fazendeiros. De acordo com a Fundação Nacional do Índio (Funai), indígenas estão ocupando fazendas na Terra Indígena Tupinambá de Olivença, que pertence aos índios Tupinambás.

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) afirma que 300 indígenas Tupinambás participam das ações de ocupação das fazendas, que ficam em uma área de 47.376 hectares. Segundo o Cimi, a área foi reconhecida pela Funai e o processo estaria parado no Ministério da Justiça, o que teria motivado a ocupação das terras.

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