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AÇÃO POLICIAL

PM que matou jovem em faculdade se apresenta e alega ter sido vítima

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O PM Jorge Figueiredo Miranda, de 30 anos, que matou o adolescente Railan Silva, 17, dentro da Faculdade Área 1, na Avenida Paralela, em Salvador, se apresentou à Polícia Civil, no início da noite desta quinta-feira (23).

Câmeras flagraram movimentação de Railan. (Foto: Reprodução/TV Bahia)

Câmeras flagraram movimentação de Railan.
(Foto: Reprodução/TV Bahia)

Em depoimento, ele afirmou que foi vítima de uma tentativa de assalto antes de efetuar os disparos, segundo informou o advogado dele, Dinoermeson Tiago.

Jorge prestou depoimento  no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro da Pituba, por volta das 18h15. Ele também entregou a arma de fogo de uso particular utilizada na ação – uma pistola 380. O PM foi ouvido pelas delegadas Andreia Ribeiro e Tamara Ladeia, ambas da 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico), que investigam o caso. Depois, foi liberado.

Segundo informou a delegada Tamara Ladeia, em coletiva de imprensa na quarta-feira (22), o policial, que é aluno da faculdade, teria atirado no adolescente em reação a uma tentativa de assalto, que ocorreu no estacionamento da instituição de ensino na manhã de terça-feira (21). Os familiares do jovem morto, que negam que ele era criminoso, também prestaramdepoimento nesta quinta-feira.

Câmeras de segurança
Na quarta (22), foram divulgadas as imagensdas câmeras de segurança da faculdade, que, segundo a polícia, indicam “movimentação suspeita” do adolescente. Para a delegada Tamara Ladeia, com base na análise das imagens e no depoimento de testemunhas, “fica claro a intenção do Railan de praticar o assalto”.

O jovem teria atuado junto a um outro homem, que ainda não foi identificado. Segundo a delegada, o policial entregou os pertences e reagiu momentos depois, atirando na vítima.

O adolescente foi encontrado no banheiro com uma arma próxima à mão. A polícia não soube informar se a arma era dele. Depois, Railan aparece, em imagens feitas com um celular, sendo carregado pelos braços e pernas por policiais em direção a uma viatura estacionada próximo à faculdade. O menor, no entanto, já chegou morto ao Hospital Roberto Santos.

Na terça-feira, o DHPP afirmou que a análise de oito câmeras não indicava envolvimento do adolescente em ato de assalto e nem a participação de um policial no crime. Mas, no total de 29 câmeras, em seis foi possível resgatar o que teria ocorrido, em sequência.

Sepultamento
O corpo do adolescente, atingido por cinco tiros, foi enterrado no cemitério Bosque da Paz, emSalvador, na tarde quarta-feira, em clima de comoção de familiares. Germano da Anunciação, tio do rapaz, afirmou que ele não tinha perfil de criminoso e nem passagem pela polícia.

Na quarta, um tio de Railan disse que um perito teria informado que alguém mexeu no local do crime, o que ainda não foi confirmado pela polícia. A delegada que investiga o caso disse, nesta quinta-feira (23), que só voltará a falar sobre o ocorrido após os resultados das perícias, quem devem ser concluídos em dez dias.

O comando da PM afirmou que o policial Jorge Figueiredo não estava em serviço quando ocorreu o caso e que ele foi a vítima na ação. Com relação à forma como os policiais socorreram Railan, a PM informou que a guarnição tentou garantir um socorro imediato para tentar salvar a vida do jovem. (G1/Bahia)

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