Conecte-se conosco

News

PMDB ameaça MP do Mais Médicos se minirreforma não for votada

Publicado

em

PT é contra projeto que faz alterações em pontos da legislação eleitoral.
Líder diz que, sem acordo sobre minirreforma, PMDB não vota mais nada.

O líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), discursa na sessão desta quarta (2) no plenário da Câmara (Foto: Zeca Ribeiro / Agência Câmara)

O líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), discursa na sessão desta quarta (2) no plenário da Câmara (Foto: Zeca Ribeiro / Agência Câmara)

O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), afirmou nesta quarta-feira (2) que vai propor que a bancada obstrua a votação da medida provisória do programa Mais Médicos enquanto não houver acordo para a análise no plenário da minirreforma eleitoral.

O PMDB tenta desde a semana passada votar na Casa projeto de lei que propõe pequenas alterações à legislação eleitoral, mas o PT é contrário ao texto e obstruiu as sessões plenárias. Nesta quarta, por falta de quórum, falhou a terceira tentativa consecutiva de se votar a matéria. Deputados petistas, apoiados por PDT, PSB, PC do B e PSOL, conseguiram derrubar a votação e a sessão foi encerrada sem que o projeto tivesse sido votado.

Em discurso no plenário, o líder do PMDB exigiu que seja realizado um acordo de procedimento para votar a minirreforma na próxima semana, sem obstrução.

“O PMDB não abrirá mão de votar essa matéria. Se não votar nesta semana, o PMDB voltará a colocar o texto em votação na terça-feira que vem. Não vamos votar nenhuma matéria se não houver acordo para votação dessa matéria”, afirmou.

A possível obstrução da segunda maior bancada da Câmara pode prejudicar o objetivo do governo de votar na próxima terça (8) a MP do Mais Médicos, programa do governo federal que prevê a contratação de médicos estrangeiros para atuar em áreas pobres e remotas do país. Nesta terça, parecer sobre a MP foi aprovado em comissão especial no Senado.

Irritado com as declarações de Eduardo Cunha, o deputado Henrique Fontana (PT-SP)  afirmou que o PMDB não deveria fazer “ameaças”. “Não podemos fazer política na base da ameaça. Não me parece razoável que o líder que representa o partido do vice-presidente da República ameace que vai obstruir a votação do Mais Médicos”, disse.

Eduardo Cunha rebateu a fala de Fontana dizendo que o PMDB não é “vassalo” do PT e pode usar todos os instrumentos legais para defender a visão do partido.

Nas ocasiões em que o candidato não fazia a comunicação imediatamente, a lei dizia que ficava configurada a “dupla filiação”. Como punição, a Justiça Eleitoral acaba considerando nulas as duas filiações, o que impede o político de se eleger. O projeto de lei, porém, determina que o juiz eleitoral apenas cancele a filiação mais antiga, permanecendo a mais recente.

Outra mudança proposta pela minirreforma é considerar crime a contratação direta e indireta de pessoas com o objetivo específico de divulgar mensagens ou comentários na internet para ofender a honra ou denegrir a imagem de um adversário político, partido ou coligação. O projeto prevê pena de detenção de dois a quatro anos para os autores da difamação, mais o pagamento de multa entre R$ 15 mil e R$ 50 mil.

Além disso, as modificações eleitorais determinam que a eventual substituição de um candidato só poderá se dar se ocorrer com pelo menos 20 dias de antecedência da eleição, à exceção dos casos de morte. Hoje, as siglas são autorizadas a substituir a qualquer momento um candidato considerado inelegível, que renunciou ou teve seu registro indeferido ou cancelado. (G1)

Publicidade
Clique para comentar

Você precisa estar logado para postar um comentário Login

Deixe um Comentário

Notícias da Semana

Copyright © 2021 Ubaitaba.com. Uma empresa do grupo Comunika