Protesto contra a Copa em Porto Alegre tem 13 presos e 2 PMs feridos

Pelo menos 13 manifestantes foram presos durante o protesto contra a Copa do Mundo nesta quinta-feira (12) em Porto Alegre, informou a Brigada MIlitar. Dois policiais militares ficaram feridos durante o confronto com manifestantes.

Manifestantes derrubam contêiner de lixo (Foto: Itamar Aguiar/Futura Press/Estadão Conteúdo)

De acordo com o major Claudio Feoli, comandante do Batalhão Especial de Pronto Emprego (Bepe), criado para atuar nas manifestações, os detidos foram flagrados com drogas, pedras e coquetéis molotov, utilizados no quebra-quebra durante a manifestação pelas ruas da capital. Entre os detidos estão duas mulheres. Todos serão autuados em flagrante e depois liberados.

Dois policiais militares ficaram feridos e foram encaminhados ao Hospital de Pronto Socorro (HPS). No entanto, o hospital informou que eles já haviam sido liberados às 17h30 desta quinta-feira (12) após atendimento emergencial.

O protesto reuniu cerca de 500 pessoas no Centro de Porto Alegre. A concentração iniciou em frente à prefeitura, por volta das 12h, e seguiu em direção ao local da Fan Fest, próximo a Avenida Borges de Medeiros, no Anfiteatro Pôr do Sol.

Manifestação tem vandalismo e confronto com PM
Alguns bancos e lojas foram depedradas pelos manifestantes no trajeto. Contêineres de lixo foram queimados. Placas e propagandas alusivas ao Mundial foram derrubadas no chamado Caminho do Gol, na Avenida Borges de Medeiros. Por volta das 16h, a Brigada Militar jogou bombas de efeito moral para dispersar a multidão.

A concentração dos manifestantes começou na Praça Montevidéu, em frente à Prefeitura de Porto Alegre, por volta das 12h desta quinta-feira (12), data do início da Copa do Mundo. Às 14h, o grupo iniciou uma marcha pela Avenida Júlio de Castilhos e entrou na Rua Dr. Flores, onde quebrou a loja de uma rede de fast food. Funcionários das lojas da região fecharam as portas com medo.

Já nas avenidas Salgado Filho e Borges de Medeiros, vândalos quebraram agências bancárias da Caixa Econômica Federal, do Santander, Itaú e Banrisul. Houve princípio de confronto com a tropa de choque do Batalhão de Operações Especiais (BOE) no Largo Zumbi dos Palmares, conhecida como Epatur, no Bairro Cidade Baixa, onde está localizada a sede da Secretaria Municipal de Turismo, que foi protegida pelos policiais.

Os manifestantes pararam por cerca de meia hora na Avenida Loureiro da Silva e seguiram em direção à Avenida Borges de Medeiros. Ao se aproximarem do local da Fan Fest, o Batalhão de Choque utilizou bombas de efeito moral para dispesar a multidão.

Um cerco foi armado pela polícia na região. Cinco granadas de som e luz foram utilizadas para dispersar o grupo. A manifestação se encerrou por volta das 16h30. Entre os participantes, estavam integrantes de sindicatos, de movimentos estudantis e sociais. O ato foi convocado pelas redes sociais e ocorreu em várias capitais do Brasil. (G1)