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Eleições 2018

Saiba quem é o homem que esfaqueou o presidenciável Jair Bolsonaro

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Saiba quem é o homem que esfaqueou o presidenciável Jair Bolsonaro

Suspeito foi interrogado pela Polícia Federal logo após o ataque. (Foto: Reprodução)

Apontado pela PM (Polícia Militar) e em imagens de vídeo como autor da facada que atingiu o presidenciável Jair Bolsonaro no abdômen, o mineiro Adélio Bispo de Oliveira tem na sua página no Facebook uma série de postagens de ódio ao candidato do PSL. O incidente ocorreu na tarde dessa quinta-feira, durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG).

Ha vários textos em que ele ofende o deputado ou critica suas propostas. No último mês de maio, o agressor postou uma foto na qual aparece ao lado de uma placa que diz “políticos inúteis”. No mesmo dia, ele publicou a reprodução de outro cartaz, pedindo a renúncia do presidente Michel Temer.

Além disso, o homem detido pela Polícia também publicou imagens de pessoas que defendem a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado no âmbito da Operação Lava-Jato. Outra postagem comum na página de Adélio Bispo são críticas à Maçonaria.

De acordo com a assessoria do 2º Batalhão da Polícia Militar em Juiz de Fora, o suspeito tem 40 anos e curso superior completo. Ele é natural de Montes Claros, no Norte de Minas Gerais. Nas redes sociais, Adélio indica ter frequentado em julho uma escola de tiro em Santa Catarina.

O advogado Pedro Tiago Oliveira Santos, que atua na defesa de Adelio em uma ação trabalhista, manifestou surpresa com a informação de que seu cliente atacara o presidenciável: “Ele era servente de pedreiro. Tive pouco contato com ele mas, até aonde o conheci, não parecia uma pessoa violenta”.

PSOL

Após o incidente em Juiz de Fora, a direção do PSOL em Minas Gerais confirmou que o suspeito de esfaquear Jair Bolsonaro foi filiado ao partido por pelo menos sete anos. A presidente do diretório da legenda no Estado, Maria da Consolação Rocha, repudiou o ataque e disse não se lembrar do histórico de militância de Adélio. Em sua página oficial no Facebook, o diretório mineiro emitiu uma nota condenando o incidente.

“Não me lembro dele como militante. A gente acabou de tomar pé da situação, então não conversei com as pessoas sobre que tipo de militante ele era. O fato é que ele foi filiado, mas não faz mais parte do nosso partido há muitos anos”, afirmou.

Maria da Consolação criticou a agressão praticada contra Bolsonaro. “Nós condenamos o que aconteceu hoje. É um ato criminoso. Infelizmente, estamos vivendo um processo de polarização muito grande e isso está afetando a democracia. Precisamos reconstruir as relações políticas no país”, disse.

As declarações de Maria da Consolação vão na mesma linha da nota publicada pelo PSOL-MG em seu perfil no Facebook. A nota diz que a “agressão sofrida pelo candidato do PSL, Jair Bolsonaro, configura um grave atentado à normalidade democrática e ao processo eleitoral”.

“Repudiamos toda e qualquer ação de ódio. Cobramos investigação sobre o ataque contra o candidato do PSL. Esperamos das autoridades as medidas cabíveis contra seu autor”, diz outro trecho da nota.

Maria da Consolação disse não temer que militantes do PSOL sejam alvo de agressões por conta do atentado praticado por Adélio Bispo de Oliveira. O suspeito foi alvo de ataques logo após o atentado contra Bolsonaro nas ruas de Juiz de Fora.

“Como nós não temos nada a ver com esse atentado, nós não temos medo de uma eventual retaliação. Há muitos anos, a gente vem denunciando esse quadro de criminalização dos movimentos sociais e dos militantes políticos. Não temos medo e não vamos nos calar. Não vamos provocar ninguém, mas nossa luta vai continuar”, disse.

Os dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) confirmam que Adélio Bispo de Oliveira foi filiado ao PSOL. Ainda conforme o órgão, Adélio se filiou ao PSOL na cidade mineira de Uberaba em 2007 e pediu o desligamento do partido em 2014.

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