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“Saporeca” é sepultado em Itabuna; laudo aponta que ele foi executado com um tiro na cabeça

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Veja também novas informações sobre o caso que chocou Itabuna e que mobiliza as polícias de Itapetinga e Itabuna. “Andinho” seria o alvo do assassino.

Foi sepultado na manhã dessa terça-feira (19), no Cemitério Campo Santo, em Itabuna, o comerciante Neilton Santos Andrade, o “Saporeca”, que era dono da loja Sport Veículos, na Avenida J.S.Pinheiro.

Familiares e dezenas de amigos prestaram suas últimas homenagens a Saporeca, cujo corpo foi encontrado enterrado em Ibitupã, distrito de Ibicuí, quase três dias após seu desaparecimento, na cidade de Itajuípe, onde ele teria ido entregar um veículo Fiat Punto, vendido ao assassino, José Carlos Viana Alencar Júnior, o “Nininho”.

Saporeca estava em companhia do caminhoneiro e corretor de veículos nas horas vagas, Anderson Junior Assis Souza, o “Andinho”, que também foi assassinado e, pela crueldade com que os criminosos o mataram, a polícia não tem dúvidas: ele era o principal alvo de Nininho.

Segundo os peritos, Saporeca foi executado com um tiro na cabeça e logo em seguida, enterrado. Já Andinho foi esquartejado. Os restos mortais da vítima foram encontrados em Itaiá, distrito de Firmino Alves.
Até o fechamento dessa matéria, apenas o tronco de Andinho havia sido localizado, completamente carbonizado. O corpo do caminhoneiro ainda não foi liberado do Departamento de Polícia Técnica de Itapetinga, onde serão feitos exames para confirmar a identidade da vítima.
As mortes dos itabunenses, sobretudo de Saporeca, que era muito querido na cidade, teve uma grande repercussão. “Não é porque é meu irmão, mas era uma pessoa muito boa, querida. A comoção foi muito grande. Ele se dava com todas as pessoas, tinha amizade com toda a sociedade”, afirmou Paulo Andrade, irmão do comerciante.

O amigo de infância, Fred Agra, ficou emocionado ao lembrar de Saporeca. “Chegava no sábado, ele ligava pra todos os amigos, para gente se reunir. A gente não sabe nem o que dizer”. Saporeca deixou esposa e filho de 8 anos.
A mãe do comerciante passou mal durante o enterro do filho e teve que ser amparada.
Investigações
As investigações acontecem, tanto pela polícia de Itapetinga, quanto pela Coordenadoria de Itabuna. Ao Verdinho, a polícia informou que Andinho teria envolvimento com o mundo do crime. Seria, inclusive, integrante do Raio A.
Nossa reportagem também teve acesso a informação de que o caminhoneiro, que morava no bairro Urbis IV, teria se envolvido, alguns anos atrás, em uma briga com integrantes com membros do DMP. Na época, a confusão, que resultou em tiroteio e muita correria, teve como palco um bar na BR-415. Ninhinho, que até então, era da facção A, pulou anos depois para DMP. Este detalhe também  está sendo investigado.
Em entrevista ao programa Balanço Geral, o delegado de Itapetinga, Roberto Júnior, assegurou que Nininho não agiu sozinho. Para ele, pelo menos mais uma pessoa participou dos bárbaros crimes.

 

O delegado relatou que, inicialmente, a motivação do duplo homicídio aponta para um desentendimento gerado pela transação comercial do Fiat Punto.
Júnior acredita que o assassino teve outras razões mais fortes que essas. “Foi um crime muito bárbaro, com um requinte de crueldade muito grande para ser apenas por conta de uma transação comercial. Sem dúvida, a motivação vai além dessa transação. É isso que a gente quer apurar”, justificou.
Multas e novos desentendimentos
Vale lembrar que o carro em questão já tinha pertencido ao criminoso, que vendeu o Punto por R$ 12 mil, justamente ao irmão de Andinho, que mora próximo à cidade de Feira de Santana. Conforme testemunhas, o caminhoneiro estava oferecendo o veículo por R$ 14 mil, valor descordado por Nininho. Este fato teria gerado um novo atrito entre os dois homens.
Nininho desejou comprar o automóvel de volta após receber multas em seu nome. Segundo o delegado Roberto Júnior, quatro dessas autuações foram apreendidas na casa de um primo do assassino, na cidade de Ibicuí.

Além das multas, a polícia apreendeu na residência um vasilhame de 400ml de álcool. O produto pode ter sido utilizado para queimar o corpo de Andinho e o veículo. “Esse primo deixou a cidade de Ibicuí e também outros parentes. Estamos procurando para que eles esclareçam sobre o paradeiro de Nininho”, explicou o delegado.

Ninhinho que chegou a ligar a polícia, indicando o local onde os corpos das vítimas estavam, continua foragido. Ele já havia sido preso por roubo e porte ilegal de armas. O acusado também é investigado pela participação na morte do caminhoneiro Reginaldo da Paz Ferreira, enforcado, durante um assalto, ocorrido em Itajuípe. O crime aconteceu no mês passado.
“As investigações não vão parar até a gente prender o Nininho, considerado de alta periculosidade. Temos certeza que polícia dará resposta o quanto antes”, promete o delegado Roberto Júnior. (Verdinho Itabuna)
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