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DE OLHO NO ESPORTE

Líder do Paulistão, mas balançando na ‘Libertar’, Tricolor vive fase tensa

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Ofensa de Denilson a torcedor em rede social é o exemplo mais recente do momento turbulento do São Paulo, que está ‘na beira do caos’.

João Paulo de Jesus Lopes com Ney Franco: clima
já foi melhor… (Foto: Marcos Ribolli)

As ofensas publicadas (e depois apagadas) do volante Denilson a um torcedor numa rede social, em resposta a críticas sobre o desempenho recente dele e do São Paulo, são mais um exemplo da fase turbulenta vivida pelo elenco tricolor. O time está “na beira do caos”, como diz a música composta por Ney Franco. Só nas últimas semanas foram pelo menos cinco demonstrações públicas de descontentamento com a fase da equipe, que lidera o Paulistão, mas corre risco de desclassificação na Libertadores (veja em quadro abaixo).

O problema mais notório é a insatisfação de jogadores como Ganso, que, apesar dos pedidos da torcida, é mantido na reserva pelo técnico Ney Franco. No clássico contra o Palmeiras, o meia foi substituído e saiu irritado de campo. Questionado sobre o motivo, disse não entender a substituição. No jogo seguinte, contra o Arsenal, em Sarandí, foi a vez de o zagueiro Lúcio sair chateado – chegou a se isolar no ônibus da equipe, abandonando o vestiário antes mesmo de o jogo terminar. O comportamento dos dois jogadores fez com que Ney Franco afirmasse, em entrevista coletiva, que tais atitudes não seria mais toleradas – o desabafo foi em tom de ultimato.

As críticas já partiram até de dirigentes da alta cúpula, como o vice-presidente João Paulo de Jesus Lopes, que classificou como “vergonhosa” a atuação da equipe no empate por 1 a 1 com o Arsenal, no Pacaembu, há duas semanas.

Apesar de tudo isso, o discurso dos jogadores escalados pela assessoria de imprensa para as entrevistas coletivas ainda é de apoio ao treinador.

– Acreditamos no Ney Franco. Conquistamos um titulo internacional ano passado (a Sul-Americana). Com o Leão não estava andando, a diretoria optou por trocar, trocou e consertou a casa. Ano passado passamos por uma turbulência semelhante. O Ney, com trabalho, consertou isso e fomos campeões – disse o zagueiro Edson Silva, depois do treino desta segunda-feira.

– Para jogar no São Paulo tem de estar preparado para tudo e saber que a

cobrança é muito grande. A torcida não está cobrando no Paulista. Melhor que nosso time não tem. A cobrança vem pelo que fizemos na Libertadores. Temos de falar menos e trabalhar mais.

Antes do jogo contra o Oeste, no último domingo, torcedores do São Paulo protestaram em frente ao Morumbi. A manifestação não passou batida. Muitas faixas exigiam a entrada de Ganso e Cañete no time.

– Há várias formas de se manifestar. O Ney deve fazer a mudança porque está precisando. Se sair, vou ficar chateado porque eu queria estar jogando. Você tem o direto de fazer o que quer. Sair, ir para o vestiário, trocar de roupa… mas você tem de estar com os companheiros, ajudando – disse Edson Silva.

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