ENSAIOS E ENTRETENIMENTO
Confira como foi a Pedalada Pelada que aconteceu em Salvador; veja fotos
Uma muvuca chamou a atenção de quem passava pelo Farol da Barra, na tarde de sábado (5). Um grupo de homens se acotovelava em torno de um conjunto de bicicletas. Não era liquidação, nem acidente.
O motivo para tanto alvoroço era, na verdade, dois pares de seios à mostra.
Duas mulheres integrantes do movimento Pedalada Pelada tiraram a parte de cima do biquíni e ficaram com os seios à mostra para protestar contra a falta de segurança para os ciclistas que trafegam em Salvador. Entre as principais reclamações dos cerca de 40 ciclistas presentes, estavam os assaltos e a falta de educação de alguns motoristas.
“As bicicletas são um meio de transporte e os ciclistas merecem respeito e atenção. O nosso corpo não tem para-choque, por isso a ideia de estar sem roupa, para mostrar que a gente está frágil em uma bicicleta, perante a velocidade e a estrutura de um veículo”, contou a artista Priscila Ginna Jorge, 27 anos.
Ela foi a primeira jovem a tirar a roupa durante o evento e foi acompanhada por mais uma amiga. Segundo outros integrantes do movimento, essa foi a primeira vez que a ação foi praticada em Salvador, mas acontece há nove anos em São Paulo.
“Esse é um movimento nacional, mas começou fora do país. Esse ano, dez cidades brasileiras estão fazendo essa pedalada no mesmo dia. No Rio de Janeiro, por exemplo, já acontece há três anos”, contou a servidora pública Marcella Marconde, que fez o trajeto de biquíni.
A pedalada começou às 18h15 saindo do Farol da Barra com destino ao Rio Vermelho. Os fotógrafos e cinegrafistas da imprensa precisaram disputar espaço com os amadores que se aglomeraram para registrar cada pedalada.
“A menina tirou a roupa! Eu nunca tinha visto isso aqui na Barra, mas estou achando tudo lindo. Elas tiveram muita coragem. Olha o monte de gente que juntou para olhar”, contou o estudante Nicolas Souza, apontando para a arquibancada que se formou no gramado do Farol.
No entanto, houve quem não gostasse. “Acho válido protestar. É um direito delas, mas não vejo a necessidade de ficar sem roupa”, contou a vendedora Anaildes Santana. Com um aparelho celular, o comerciante André Pinheiro registrava os momentos. “Cada pedalada é um flash”, disse, entre risos. (Correio24horas)
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