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ENSAIOS E ENTRETENIMENTO

Creme antissinais deve ser usado a partir dos 25 anos com orientação

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O tempo não perdoa. Quanto mais ele passa, mais a pele vai perdendo a elasticidade e as ruguinhas começam a aparecer. Para muitas mulheres, os cremes antissinais são aliados na luta pela jovialidade da pele. Mas será que eles funcionam mesmo?

A dermatologista Paola Queiroz Vaz,  da Clínica Estética Almazen, no Rio de Janeiro, afirma que não existe um creme ideal apara combater o envelhecimento cutâneo. Muitos deles, aliás, são usados apenas como coadjuvantes. “O envelhecimento natural e hormonal da pele, denominado envelhecimento intrínseco, começa por volta dos 40 anos e está ligado aos efeitos do tempo, alterações bioquímicas e moleculares, além das alterações hormonais, como a menopausa. São sinais visíveis que manifestam-se em toda a pele, que se torna mais grossa, mais seca, e perde a elasticidade, surgindo rugas finas e sulcos na face”, afirma.

Já o envelhecimento solar (fotoinduzido) da pele começa bem antes, entre 25 e 30 anos de idade, nas áreas fotoexpostas à radiação solar diária. “As marcas visíveis desse envelhecimento são principalmente a pele espessada, áspera e amarelada, que vai progressivamente sendo sulcada por rugas profundas e surgem manchas pigmentadas”. Ela explica que a prevenção desses transtornos deve ter início entre os 25 e 30 anos. Após 35 anos, isso torna-se necessário, seja qual for o tipo de pele.

Em relação aos cremes antissinais, ela esclarece que existem dois tipos  diferentes:  os prescritos pelo médico, geralmente a base de ácido retinóico, que funcionam como tratamento, e os dermocosméticos, vendidos em farmácia, que atuam na prevenção. “Os prescritos são medicamentos utilizados para corrigir e reverter o processo de deteriorização das fibras colágenas e elastina, estimulando assim o novo colágeno e aumentando a renovação das células, combatendo os radicais livres  e regulando o sistema de pigmentação. O uso contínuo faz com que a pele fique mais clara, mais saudável e, a longo prazo, contribui para a diminuição das rugas finas, proporcionando uma aparência melhor”, explica.

A ação dos dermocosméticos, que podem ser comprados sem receita médica, é completamente diferente e mais superficial em relação aos prescritos. “Eles não são medicamentos, servem mais para prevenção. Mas, como normalmente possuem filtro solar, pode ser interessante usá-los no verão. Porém é preciso consultar um dermatologista, antes para saber o mais adequado para seu tipo de pele e idade”, complementa.

Para a área dos olhos, a dermatologista recomenda usar produtos diferentes específicos, pois é uma área mais sensível, cuja pele tem uma espessura menor do que as demais áreas.

Um ponto importante que deve ser esclarecido sobre este tipo de cosmético em pacientes muito jovens é que não adianta usar produtos indicados para idades mais avançadas na tentativa de obter um resultado melhor, e muito menos achar que cremes comprados em farmácia, sem receita médica, podem ajudar efetivamente no combate às rugas. “Na verdade pode até prejudicar a pele, causando problemas como acne e reação alérgica. Isso porque, de acordo com o envelhecimento cutâneo, a pele vai perdendo a oleosidade natural, e um creme para idade mais avançada pode descompensar essa oleosidade de uma pessoa mais jovem. Desta forma, ressalto a necessidade de sempre consultar um especialista.”

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