DE OLHO NO ESPORTE
Mais uma vez brilha estrela de Luxa, e Flamengo bate o Criciúma por 2 a 0
Pode-se dizer que a partida na tarde deste domingo foi uma espécie de replay para o Flamengo. E mais uma vez brilhou a estrela do comandante Vanderlei Luxemburgo.
Tal como na vitória sobre o Atlético Mineiro, na última quarta-feira, por 2 a 1, o técnico pôs o meia argentino Mugni e o atacante Eduardo da Silva no segundo tempo, quando o Criciúma até dominava as ações. O time melhorou e virou a situação. E tudo começou com mais um pênalti para os rubro-negros. Mugni cobrou com categoria, em vez de Léo Moura na partida anterior, e fez 1 a 0. Depois, novamente Eduardo da Silva marcou o segundo e garantiu a quarta vitória seguida, desta vez fora de casa, no Heriberto Hülse, por 2 a 0, que fez a equipe dar novo salto no Brasileirão na 17ª rodada.
O time, que ganhou a quinta partida em seis jogos sob o comando de Vanderlei, pulou para o 11º lugar, com 22 pontos, e se distanciou mais do grupo que briga contra o rebaixamento. O oposto do Criciúma, que, com a derrota em casa, continua na incômoda 17ª posição e amarga a sétima rodada sem triunfo, o que deve aumentar a crise no clube. Na próxima rodada, o Rubro-Negro volta a jogar fora, contra o Vitória, no domingo. O Criciúma sai para encarar o Sport, no mesmo dia.
Poderia ser um primeiro tempo com vantagem rubro-negra no Heriberto Hülse. Com um meio de campo marcando bem e uma defesa bem posicionada, o Flamengo levou poucos sustos nos primeiros 45 minutos. Mas a limitação do ataque e a trave impediram o grito de gol. Se Canteros dominou as ações e teve até então nos primeiros 45 minutos sua melhor atuação desde que chegou ao clube, Arthur continuava devendo, e muito. O atacante pouco se desmarcava, e quando ficava livre batia mal a gol. Léo Moura e João Paulo até avançaram bem pelas laterais, mas não encontraram também em Nixon, que chegou atrasado num centro do lateral-esquerdo, o homem da conclusão. A cabeçada de Marcelo na trave e o voleio de Léo Moura no travessão mostraram que a defesa levava mais perigo do que o ataque.
O Criciúma começou a partida querendo ter o domínio. Mas perdeu terreno. Cleber Santana aparecia, mas ainda não parecia inteiro fisicamente. O mesmo acontecia com outro estreante, o atacante Souza. O maior perigo continuava sendo a bola parada de Paulo Baier. Silvinho, pela esquerda, ensaiava contra-ataques rápidos, mas se preocupava mais em cavar faltas. Eduardo avançou bem pela direita, mas concluiu mal. A melhor chance foi um lançamento para Paulo Baier. Aí pesou a idade. Acabou alcançado por Márcio Araújo, que protegeu a bola para a defesa de Paulo Victor. E nada mais o Tigre fez na primeira etapa.
No segundo tempo, o time da casa voltou até melhor e dominando as ações. Logo aos dois minutos, Silvinho, que já infernizava na primeira etapa, poderia ter mudado o curso da partida se tivesse tocado pelo alto de Paulo Victor com menos força. A bola subiu um pouco, e foi-se uma chance de ouro para o Tigre. O Flamengo segurou o rojão até que, aos 12 minutos, Vanderlei repetiu a dose do jogo contra o Galo. Entraram de uma vez só Mugni e Eduardo da Silva nos lugares de Márcio Araújo e Arthur, este em outra fraca atuação. E a equipe até chegou a ser dominada, pois Canteros, recuado para a função de segundo volante, caiu de rendimento.
Mas o Flamengo se recompôs e, aos 30, Mugni foi derrubado na pequena área por João Victor, que foi expulso. O árbitro marcou, e o argentino pediu a bola para cobrar. Léo Moura permitiu e não se arrependeu: o meia argentino bateu com categoria, mandando o goleiro para um lado e a bola para o outro, aos 32. Logo depois, aos 36, Eduardo da Silva, mais uma vez bem colocado, pegou sobra de chute de Everton e não desperdiçou: 2 a 0. Foi o terceiro gol do croata-brasileiro desde sua estreia. Novamente ele, novamente Vanderlei mostraram uma estrela que faltava ao Flamengo neste Brasileiro. (G1)
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