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One Direction estreia no Brasil nesta quinta; veja discografia comentada
Com 3 discos lançados, boy band abre no Rio série de shows no país. Apresentações têm hits e focam CD mais recente; conheça provável set.
Boy band mais popular da atualidade, o One Direction talvez não existisse se seus cinco integrantes não tivessem “fracassado” individualmente alguns anos atrás. Em 2010, os garotos participaram do reality show musical britânico The X Factor. Concorrendo cada um por si, foram eliminados antes da final. Mas os produtores do programa viram que, juntos, os rapazes tinham potencial. Assim nasceu o grupo, que nesta quinta-feira (8), no Rio, abre sua primeira turnê no Brasil.
Harry Styles, Niall Horan, Zayn Malik, Liam Payne e Louis Tomlinson lançaram o disco de estreia do One Direction, “Up all night”, em novembro de 2011. Desde então, mantiveram o esquema de um CD de inéditas a cada novembro. Em 2012, veio “Take me home”. Em 2013, “Midnight memories”.
É este trabalho mais recente que sustenta os shows da atual turnê do quinteto, chamada Where we are. A excursão começou no dia 25 de abril e já visitou Colômbia, Peru, Chile, Argentina e Uruguai. No Brasil, passam primeiro pelo Rio. Em seguida, tocam duas vezes em São Paulo, neste sábado (10) e neste domingo (11).
De acordo com o site Setlist.fm, as apresentações na América Latina têm mostrado repertório idêntico. São sempre as mesmas 23 músicas – e elas devem se repetir no Brasil. Veja, a seguir, detalhes da discografia do One Direction e entenda como cada álbum do grupo contribui para os shows. Depois, o provável set list dos shows.
‘Up all night’ (2011)
A estreia do One Direction costuma ceder apenas três músicas aos shows da turnê – e elas devem aparecer apenas na segunda metade da apresentação. O single “What makes you beautiful”, primeiro hit da boy band, não poderia ficar de fora. Geralmente, é a 19ª da noite, logo antes de a banda sair de cena (depois vem o bis).
No Brasil, a música ficou ainda mais conhecida dois anos atrás, ao ser usada no vídeo comemorativo do garoto Nissim Ourfali. Com seus versos cantados em ritmo bem marcado e um refrão simples e feito para gritar junto, “Beautiful” é um pop grudento e encerra a primeira parte do show.
As outras de “Up all night” que têm vez são o single “One thing” (17ª do set), mais uma com versos relativamente tranquilos e refrão explosivo; e “Moments” (a 13ª). Esta sequer faz parte da versão original do CD, já que integra somente a edição “deluxe”.
Do CD, os fãs devem sentir falta de “Gotta be you” (uma balada que poderia funcionar num momento mais calmo ou para testar habilidades vocais dos jovens cantores) e de “More than this”. Também lançada como single, a faixa não tem sido tocado na Where we are tour.
‘Take me home’ (2012)
O segundo CD do One Direction tem, usualmente, cinco músicas nos shows. Três delas foram lançadas como single. A dançante “Kiss you” (segunda do set), com sua levada à base de sintetizadores e leve influência hard rock, deve render palmas para acompanhar o ritmo.
Essa canção esteve no centro de uma polêmica com o Restart. Quando lançou “Cara de santa”, a banda brasileira recebeu críticas, justamente pelo fato de o arranjo supostamente lembrar o de “Kiss you” . Ao G1, o vocalista e guitarrista Pe Lu disse que tudo não passava de “picuinha” e classificou o trabalho do One Direction de “muito fino”.
De “Take me home”, a apresentação provavelmente terá ainda o pop festivo de “Live while we’re young”, com seu coro de “ô, ô, ô, ô!” digno de estádio, e a baladona “Little things”, que investe em violões dedilhados e nos vocais sensíveis e emotivos. Finalmente, há o pop rock agitado “C’mon, c’mon”, com seu jeito de trilha sonora para cenas com carros correndo numa estrada, e “Rock me”, que propõe uma mistura de pop, hard rock levemente distorcido e R&B. Um “clássico” exemplar da sonoridade das boy bands.
O site Metacritic.com, que compila críticas de publicações estrangeiras, dá uma média de 59 para “Midnight memories”. O número é inferior ao obtido por “Up all night” (média de 64) e “Take me home” (média de 68). De acordo com o resumo do portal, o novo disco é “mais rock” que os seus predecessores.
Mas, na avaliação da revista americana “Billboard”, “Midnight” mereceu nota 85 e supera “Take me home”, porque traz “ideias novas interessantes” e ajuda a “manter ouvintes ansiosos para a evolução da banda”. Já a crítica da “Rolling Stone” é menos generosa e atribui nota 50. Cita que o One Direction “é feliz ao recorrer a riffs de rock e batidas de hip hop”. Mas peca ao oferecer a “baladas ruins que indicam que Bryan Adams encarna o ideal de maturidade” dos meninos. (G1)
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