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Papel de magistrados e jornalistas será discutido em encontro nesta quarta

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O papel da imprensa e da magistratura baiana será discutida em um encontro que acontece nesta quarta-feira (20), a partir das 9 horas, no Sheraton da Bahia Hotel.

Montagem: Bahia Notícias | Fotos: Leo Pastor / Labfoto | Claudia Cardozo / BN

Montagem: Bahia Notícias | Fotos: Leo Pastor / Labfoto | Claudia Cardozo / BN

O evento pretende abrir um canal de diálogo entre juízes e jornalistas. A presidente da Associação dos Magistrados da Bahia (Amab), Marielza Brandão, afirmou que a aproximação das duas categorias trabalhistas foi um dos nortes de sua campanha, e que o encontro é importante “para aproximar a magistratura da sociedade, dos meios de comunicação, para fazer com que a sociedade esteja consciente do papel do magistrado, conheça suas funções e suas dificuldades. Segundo Marielza, a ideia do I Encontro Justiça e Imprensa na Bahia surgiu da necessidade de se conhecer as dificuldades que os juízes enfrentam em suas atividades diárias.

“Muitas vezes, para a população, os jurisdicionados, parece que o juiz vive em um mar de rosas. Mas não é isso. Nós temos uma situação difícil e estrutural, de dificuldades no exercício da judicatura. Precisamos do apoio da sociedade e do apoio da imprensa para encontrar uma solução para a situação caótica que nós atravessamos. É preciso dialogar. É através do diálogo que se encontra as soluções para os problemas que atravessamos”, salienta. A presidente do Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba), Marjorie Moura, ao Bahia Notícias, afirmou que é preciso abrir um canal de diálogo para que a magistratura também entenda a dinâmica da atividade jornalística e dos prazos que se tem no curso de uma apuração.

“Nossa atividade é tida como muito glamorosa e é pouco reconhecida. Os problemas relativos ao nosso trabalho, nossa produção, muitas vezes, sem transformam em processos cíveis e criminais. É preciso ter esse diálogo com os magistrados para que eles tenham noção que há uma cadeia responsável pela produção do material jornalístico, mas que somente os jornalistas são processados, o que pode ser encarado como intimidação e um veto a liberdade de expressão”, afirma a sindicalista.

Marjorie pede que haja uma compreensão dos operadores do direito de que processos contra jornalistas devem se dar na área cível e não na criminal. “Há o caso de um jornalista que responde a quatro processos na área criminal, sendo condenado em um deles. Se for condenado em um segundo, ele pode ir preso por não ser mais réu primário”, comenta Marjorie Moura. A presidente do Sinjorba acredita que depois deste encontro, a relação entre magistrados e jornalistas será aproximada e cada um saberá o limite de atuação de cada área. (Bahia Notícias)

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