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DE OLHO NO ESPORTE

Rejeitado na base, Paulinho só atuou pela Série A após convocação para a Seleção de 2010

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Vinte e um dias antes de Dunga divulgar a lista dos 23 brasileiros escolhidos para honrar a pátria de chuteiras no mundial da África do Sul de 2010, o quase desconhecido Paulinho pisou na sala de imprensa do Corinthians, no dia 19 de abril.

Foto: AFP

Foto: AFP

A tal visita foi para atender os desconfiados jornalistas, que não levavam  fé na contratação do volante do Bragantino, quase rebaixado do Paulista. Surpreendeu nas palavras: “Vim  com a personalidade que eu sempre tive na minha vida para aproveitar o dom que Deus me deu”, discursou.

Sem nenhum jogo de Série A na carreira até então, o garoto de 21 anos já era um andarilho sem sucesso  no futebol  – bem diferente do convocados de Dunga: Gilberto Silva, Felipe Melo, Josué e Kleberson.  Do Audax-SP, time empresa focado em produzir e vender jogadores, foi para o subsolo da  Europa. Um ano no  Vilnius, da Lituânia;  outro no Lodz, da Polônia.  Sem destaque, longe de casa e tendo de aturar atos racistas, Paulinho resolveu voltar para o  Audax, de Osasco, zona oeste da Região Metropolitana de São Paulo.

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Lá, o futuro do garoto, por vezes rejeitado no grandes paulistas nos testes de base,  começou a clarear. Perfil ofensivo, se projetou na conquista da segunda divisão do paulista. No total, 39 jogos e sete gols pelo Audax. Bragança Paulista então cruzou o seu caminho logo em seguida.

Na Série B do Brasileiro, o Bragantino era o trampolim ideal para o volante do inglês Tottenham, que, quatro anos depois,  precisou coçar o bolso bonito para levar Paulinho de volta à Europa: os Spurs pagaram  € 18 milhões, aproximadamente R$ 53 milhões.

Seleção brasileira
Essa super valorização começou na Série B de 2009, com seis gols pelo nono colocado Bragantino. A chegada com facilidade na frente só evoluia e Paulinho alcançou a marca de 14 gols em 46 jogos pelo alvi-negro de Bragança.

No próximo passo, Paulinho seria posto de vez à prova. Na penela de pressão corinthiana, o volante passou longe de se queimar e fez muito mais do que o propósito de se  juntar a Ralf para  substituir Cristian e Elias, negociados pelo clube para fora do país. Durante a campanha do título Brasileiro em 2011, Paulinho ganhou sua primeira chance na Seleção, ao ser lembrado pelo ex-técnico Mano Menezes para o Superclássico das Américas.

E virou rotina ser chamado para vestir a amarelinha. Campeão da Libertadores, do Mundial Interclubes e com 34 gols em 167 jogos pelo alvinegro paulista, Paulinho se acostumou a viajar com a Seleção. Titular absoluto ao lado de Luiz Gustavo, tem  25 jogos pela Seleção e o título da Copa das Confederações no ano passado, onde marcou dois dos seus cinco gols pelo Brasil. Que o brilho continue na Copa! (Correio da Bahia)

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