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TUF Nations Finale: wrestling garante Tim Kennedy e Patrick Côté contra Michael Bisping e Kyle Noke

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Depois de mais de sete horas de um exageradamente longo TUF Nations Finale, a modalidade de base mais importante do MMA atual volta a mostrar sua importância.

Ground and pound foi a principal arma de Patrick Côté contra Kyle Noke (Foto: Eric Bolte/USA TODAY Sports)

Ground and pound foi a principal arma de Patrick Côté contra Kyle Noke (Foto: Eric Bolte/USA TODAY Sports)

Nas duas lutas principais disputadas no Colisée Pepsi, em Québec, Canadá, o wrestling foi fundamental para garantir as vitórias de Tim Kennedy e Patrick Cotê sobre Michael Bisping e Kyle Noke, respectivamente.

No principal duelo do evento, que atraiu 5.029 pessoas ao ginásio e gerou US$340.000 de renda, Kennedy abriu os trabalhos mostrando que o plano seria derrubar Bisping e trabalhar no chão. O que impressionou foi a facilidade com que o americano encontrou para passar a guarda, montar e trabalhar no ground and pound contra o britânico, que já havia dificultado a vida de grapplers do naipe de Rashad Evans e Chael Sonnen. Esta foi a temática do primeiro e terceiro rounds.

kickboxing de muita técnica e pouca potência de Bisping funcionou no segundo assalto juntamente com uma melhora no wrestling defensivo. No quarto round, o inglês chegou a dar a impressão que repetiria a estratégia do segundo, mas acabou sofrendo os golpes mais contundentes e viu o oponente levar o assalto. No quinto, uma mistura de domínio de Kennedy na luta agarrada e de Bisping em pé deixou a parcial equilibrada, mas o maior tempo de controle voltou a deixar o americano na frente.

Na contagem do MMA Brasil, Tim Kennedy venceu por 49-46, mas um placar de 48-47 também seria aceitável. Quando Bruce Buffer leu as papeletas oficiais, dois juízes marcaram o mesmo que o MMA Brasil, enquanto o terceiro conseguiu enxergar até mesmo o segundo round, o mais claro da luta juntamente com o primeiro, a favor do lutador errado, produzindo um exagerado 50-45 a favor do americano.

Embalado pelo grito de “Olêêê, olê, olê, olê… Côté, Côté!” que ecoava pelo ginásio, o canadense saiu na frente no primeiro round. Enquanto a luta esteve na troca de golpes, Côté encontrou dificuldade para cortar a distância, mas quando conseguiu executar a tarefa, derrubou Noke e o pressionou no ground and pound.

A mesma dificuldade voltou a se apresentar no segundo assalto, mas desta vez o australiano levou grande perigo ao pegar o canadense numa joelhada violenta de encontro que abriu caminho para uma sequência poderosa. O queixo de Côté voltou a lhe servir, mantendo-o no jogo. Passado o momento de pressão, o Predador voltou a derrubar e trabalhar no ground and pound até o fim do round, mas não fez o suficiente para virar o placar.

Com a luta empatada, Noke voltou melhor no terceiro e último round, superior na troca de golpes, mas provavelmente sentiu a longa inatividade. Côté voltou a derrubar o australiano e novamente não deu espaço para que o oponente retomasse a posição em pé. O controle no solo garantiu mais um round a Patrick Côté, que venceu por 29-28 na contagem do MMA Brasil, o mesmo anotado por dois juízes oficiais – o terceiro deu 30-27 a favor do canadense.

Com belas combinações de socos, chutes baixos e ótima defesa de quedas, Laprise forçou Aubin-Mercier a sair de sua zona de conforto, obrigando o pupilo da Tristar Gym a trocar golpes. Ainda assim, Olivier deu trabalho a Chad com sua base de canhoto, atingindo o alvo mais rapidamente em várias ocasiões em que socos eram lançados ao mesmo tempo.

No segundo assalto, Aubin-Mercier conseguiu levar a luta para o chão e rapidamente avançou em uma guilhotina. Laprise mostrou estar muito bem treinado ao girar corretamente, escapar do estrangulamento e rapidamente voltar a ficar de pé. No terceiro, Olivier novamente conseguiu uma queda, mas voltou a ver o adversário se levantar rapidamente. Os lutadores seguiram no equilíbrio na troca de golpes, mas Laprise, com ótimo jogo de pernas, cresceu gradativamente até terminar a luta lançando combinações justas, deixando Aubin-Mercier em posição defensiva na grade.

Todos os juízes anotaram placares distintos. O MMA Brasil marcou 29-28 a favor de Laprise, com o segundo round a favor de Aubin-Mercier. Um dos oficiais seguiu esta mesma marcação, enquanto outro inverteu e considerou Olivier vencedor por 29-28. O terceiro fez o título ficar com Laprise com um 30-27.

Com segundo round avassalador, Dustin Poirier nocauteia Akira Corassani

O americano Dustin Poirier era o maior favorito nas casas de apostas antes do evento começar. Ele confirmou o status, mas o sueco Akira Corassani vendeu caro a derrota.

O combate começou aparentando que não duraria muito quando Corassani resolveu buscar a luta agarrada, quando seu melhor caminho seria a troca de golpes. Porém, foi só o sueco mudar a estratégia para rapidamente colher frutos. Com um gancho de esquerda, Akira mandou Dustin a knockdown. Percebendo que o americano ficou abalado, Corassani abriu fogo e deixou o oponente com as pernas bambas. Quando se recuperou, Poirier conseguiu derrubar o sueco e atacá-lo com uma gravata peruana.

O susto do primeiro round serviu para deixar Poirier mais ligado e agressivo no assalto seguinte. Logo nos segundos iniciais, o americano emendou um cruzado de esquerda com um uppercutde direita. Em situação calamitosa, Corassani viu-se pressionado contra a grade e caiu depois de um violento soco no corpo. Poirier rapidamente agiu no ground and pound, obrigando assim o árbitro a interromper o combate.

A luta foi bonificada como a melhor da noite. Tanto Poirier quanto Corassani embolsaram um adicional de US$50 mil aos seus salários oficiais.

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