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Ubaitaba comemora 84 anos com muita história para contar

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A Prefeitura Municipal de Ubaitaba, através da Secretaria de Educação e Secretaria de Cultura, preparou uma ampla programação esportiva e cultural para esta quinta-feira, dia 27. Atividades diversas serão realizadas na Avenida Beira rio e na Praça Cultural.

A prefeita Suka Carneiro fará a entrega de 9 veículos 0 KM adquiridos com recursos próprios. Ainda esta semana, a Secretaria Saúde recebeu diversos equipamentos que foram adquiridos através de emenda do deputado Davdson Magalhães e serão distribuídos nas unidades de saúde do município.

Para animar o evento, 03 pratas da casa: Ivanildo Conceição, Tia Zefa e Marambaia irão se apresentar na Praça Cultural a partir das 20h.

História de Ubaitaba

Por Aleilton Oliveira, in Traços e Retratos da Nossa História

Ubaitaba formou-se a margem esquerda do rio de Contas, numa planície entre as colinas e o rio. Sua origem relaciona-se a criação do Arraial de Faisqueira (1783), então área destinada a extração de madeira, a cultura da cana de açúcar, dos cereais e do cacau. Com o tempo, surgiram estradas para conduzir os trabalhadores às roças e escoar os produtos das lavouras para o Arraial de Faisqueira.

Deste movimento, foram instalando-se lentamente pessoas acima de Faisqueira na área da fazenda Tabocas formando um novo núcleo humano, baseado exclusivamente no comércio, sendo denominado posteriormente de Arraial das Tabocas.

E assim começou o desenvolvimento deste município fundamentado na produção de cacau e na atividade comercial. Em 1905, foi criada a primeira escola primária e em 1908 a agência postal. Entretanto, em 1913, o povoado e as fazendas vizinhas sofriam as consequências da seca na região sendo que o Rio de Contas perdeu 80% do fluxo de água em seu leito. Fazendeiros perderam sua produção e a população clamava pela chuva que veio a ocorrer no ano seguinte, em 1914. Com as chuvas sobre a região o rio transbordou por suas margens destruindo os arraiais que havia em sua proximidade.

Essa enchente arrasou completamente o Arraial das Tabocas ocasionando a descentralização populacional da área. Mas, logo no ano seguinte essa tragédia estava erguido um novo povoado, desta vez, duzentos metros acima para evitar novas catástrofes. Em 1915, Itapira foi considerado oficialmente como distrito do município de Barra do Rio de Contas.

Já em 1920, em consequência das disputas de apoio político, uma companhia da polícia baiana invadiu Itapira, a população fugiu e algumas casas foram incendiadas. Mas com a persistencia dos moradores logo reergeram o distrito, voltando a desenvolver-se. Ainda no mesmo ano foi inaugurada a Coletoria Estadual no local e em 1925 a Agência Telegráfica. Em 1930, quando chegou a estrada de Ferro Ilhéus-Conquista nas margens direita do rio (atual Aurelino Leal) o distrito passou a depender menos de Barra do Rio de Contas e a transportar o cacau para ilhéus de maneira mais segura.

Um ano após, em 8 de julho de 1931 o distrito é considerado Vila pelo Estado e passa a ser a sede do município, e Barra do Rio das Contas fica sendo apenas um distrito de Itapira. Sendo prefeito nesse período o Renato Laport até novembro do mesmo ano e Capitão Joaquim Monteiro Ribeiro até o dia 19 de dezembro quando Itapira voltou a ser distrito de Barra do Rio das Contas outra vez. Nesse mesmo ano Barra do Rio de Contas passou a ser chamada de Itacaré.

No dia 27 de julho de 1933 o decreto Estadual de número 8.567 reconheceu Ubaitaba como independente do município de Itacaré. O decreto foi recebido com grande festa pela população local que tanto lutou por essa autonomia política.

Duas semanas depois após o reconhecimento Estadual, dia 15 de agosto, uma grande festa marcou a inauguração oficial do município de Itapira e o sub-prefeito foi nomeado prefeito desse município.

Com a instalação do município, Itapira foi reconhecida vila outra vez e quatro anos mais tarde, 1937 passou a ser considerada uma cidade. Em 1938 Itapira compreendia o distrito-sede (Itapira) os distritos de Itajaí (Gongogi) e Destampina povoado de faisqueira e Piraúna. Possuindo nessa época uma população aproximada de 20 mil habitantes. Nesse mesmo ano, 1938, o nosso município perdeu o distrito de Destampona para Boa Nova (jequié).

Mas isso não impedia o desenvolvimento da nossa cidade que em 1943 conquistou a categoria de sede da comarca abrangendo diversas localidades, inclusive Itacaré, Aurelino Leal (na época com nome de Itaipava) e Gongogi. Ainda em 43, no último dia do ano, Itapira muda o topônimo em homenagem a atividade das canoas no município e recebe o nome indígena UBAITABA, que quer dizer “Cidade das Canoas”..

A mudança do nome se deu por causa de vários motivos, principalmente porque a denominação de Itapira não representava o município autônomo, já que esse nome foi estabelecido no período em que essa localidade ainda pertencia a Itacaré, além disso, no Estado de São Paulo existia uma cidade chamada Itapira.

Ubaitaba continuou sendo a sede do município que compreendia o distrito de Itajaí, que hoje conhecemos como Gongogí e o povoado de Tapirama. Com a emancipação de Gongogi em 1954, Ubaitaba ficou apenas com dois povoados, Faisqueira e Piraúna que mais tarde foram elevados ao distrito.

(Ascom/Ubaitaba)

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