BRASIL & MUNDO
Cinco pessoas são presas em operação da PF contra tráfico de mulheres para fins de exploração sexual
A Polícia Federal em Sorocaba (SP) deflagrou na manhã desta terça-feira (27) uma operação no combate ao tráfico de mulheres para fins de exploração sexual. Cinco pessoas foram presas, quatro no Brasil, em Foz do Iguaçu (PR), São Paulo, Goiânia e Rondonópolis (MT), e uma em Portugal.
A prisão na capital paulits é do investigado apontado como o principal alvo do esquema criminoso. O homem foi encontrado em uma casa no Bairro Granja Julieta.
Nove mandados de busca e apreensão e oito de prisão preventiva foram expedidos pela 1ª Vara da Justiça Federal em Sorocaba. Segundo a PF, os nomes de cinco alvos de mandados de prisão foram incluídos na lista da Interpol por estarem em outros países, como Paraguai, Estados Unidos, Espanha, Portugal e Austrália.
Os nomes dos investigados são mantidos em sigilo durante a investigação, informou a PF.
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de São Paulo, Goiânia, Foz do Iguaçu (PR), Venâncio Aires (RS), Lauro de Freitas (BA) e Rondonópolis (MT).
Ainda conforme a PF, há indícios de que em algumas garotas menores de 18 anos foram aliciadas ou agenciadas em viagens ao Paraguai.
A operação, chamada de Harem BR, começou com investigação em 2019, instaurada a partir de desdobramento de outra operação (Nascostos) que desarticulou um grupo de estelionatários que praticava fraudes pela internet, mediante a clonagem de cartões de crédito.
Investigação
A rede criminosa para o tráfico de mulheres, alvo da operação Harem BR, foi descoberta após outra investigação, a Nascostos, que identificou compras de passagens aéreas feitas pelos estelionatários com cartões clonados.
Na ocasião, a PF identificou que duas garotas de programa receberam as passagens, que viajaram a Doha, no Catar.
“Uma vez identificadas essas vítimas de exploração sexual, elas relataram cerceamentos de direitos a que foram submetidas nesse destino, bem como que receberam as passagens de um indivíduo que as agenciou para a prática dos atos de prostituição”, informou a PF.
A PF identificou que o grupo criminoso promoveu exploração sexual no Brasil, Paraguai, Bolívia, Estados Unidos, Catar e Austrália.
Ainda conforme a Polícia Federal, a apresentação de documentos possivelmente falsos perante a Embaixada da Austrália no Brasil para dar entrada em pedidos de vistos australianos, como holerites e comprovantes de vínculos empregatícios, é investigado.
Os crimes investigados são:
favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável;
tráfico de mulheres para fins de exploração sexual;
falsidade material e/ou ideológica e uso de documento falso;
favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual;
Rufianismo.
(G1)
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