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Conta de energia: Governo cria bandeira tarifária 50% mais cara, que valerá até abril de 2022

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta terça-feira (31) que uma nova bandeira será instituída a partir de 1º de setembro deste ano. O valor da bandeira de ‘escassez hídrica’ será de R$ 14,20 a cada 100 kWh, ou seja, 49,6% mais cara que a vermelha patamar 2. A medida ficará vigente até abril de 2022.

Com isso, a previsão da Agência é de que as contas de energias dos brasileiros sofram um aumento médio de 6,78% a partir de setembro.

Os custos com a produção de energia elétrica têm aumentado desde o ano passado, por conta da crise hídrica pela qual o País passa chegando até a importar da Argentina e Uruguai.

O custo a mais é cobrado a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos e já havia sofrido um reajuste de 52% em julho. O último reajuste de julho também elevou o valor das bandeiras vermelha 1 e amarela.

Os aumentos são necessários para garantir o fornecimento durante a crise hídrica que afetou os reservatórios das hidrelétricas, fazendo necessário o acionamento das térmicas, que possuem uma energia mais cara.

ESTÍMULO 

O Governo apresentou ainda o programa que estimula a redução no gasto de energia, em que prevê o prêmio de R$ 50 por 100kWh reduzido – limitado a 20% de redução. A vigência do programa é de setembro a dezembro deste ano.

A meta, conforme apresentado pelo Governo, é de uma redução de 15%. Considerando 20% menos energia consumida, a redução na conta pode chegar a 33% com a ativação da bandeira de escassez hídrica.

CRISE HÍDRICA

Esta é considerada a maior crise hídrica dos últimos 91 anos no Brasil.

O diretor-geral do ONS (Operadora Nacional do Sistema), Luiz Carlos Ciocchi, afirmou nessa quarta-feira (25) que havia previsão de chuvas na região Sul entre julho e agosto, mas elas foram frustradas, o que levou o grupo de monitoramento emergencial da crise a tomar medidas mais drásticas de preservação da água no sistema.

Um pacote de incentivo à redução de consumo por consumidores do mercado regulado, residenciais e empresas de menor, e para grandes consumidores está sendo avaliado pelo Governo.

Também esta semana, o Instituto de defesa do Consumidor (Idec) revelou que vai propor ao governo federal um programa de bonificações para incentivar a economia de energia por consumidores residenciais.

A medida prevê descontos sobre o valor da bandeira tarifária para consumidores que economizarem energia. As metas de economia variam de 5% a 25% sobre o consumo médio de 2020, dependendo do porte do consumidor.

Já aqueles que não cumprirem as metas, teriam uma penalização, que ajudaria a compensar as bonificações.

 

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