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Isaquias, Ana Paula, favoritos, barcos… Veja o guia da canoagem velocidade

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Isaquias, Ana Paula, favoritos, barcos... Veja o guia da canoagem velocidade

A canoagem velocidade é tida como a modalidade mais tradicional de canoagem e a disciplina mais antiga sob o controle da Federação Internacional de Canoagem (ICF).

Isaquias, Ana Paula, favoritos, barcos... Veja o guia da canoagem velocidade

A primeira competição de canoa foi realizada na Bélgica, no ano de 1877. Mas demorou sete décadas até que ela entrasse no programa olímpico, em Berlim 1936.

Na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, o Brasil terá uma delegação recorde competindo na Lagoa Rodrigo de Freitas. São oito competidores (Isaquias Queiroz, Erlon Souza, Edson Silva, Gilvan Ribeiro, Roberto Maehler, Celso Oliveira, Vagner Souta e Ana Paula Vergutz).

Mas o que são os números e letras na frente das provas? Qual é a diferença para o remo? O que é caiaque? E canoa? Quem são os principais competidores?

lagoa rodrigo de freitas (Foto: Leonardo Filippo)

Raias olímpicas na Lagoa Rodrigo de Freitas, Zona Sul do Rio (Foto: Leonardo Filippo)

CONCEITOS BÁSICOS

A canoagem velocidade é uma modalidade essencialmente de competição. Ela é praticada em rios ou lagos de águas calmas com noves raias demarcadas nas distâncias de 200m, 500m e 1000m. O formato tradicional de competição prevê que, primeiro, sejam disputadas eliminatórias. Depois, há disputas de semifinais e finais.

Mundial de Canoagem Velocidade e Paracanoagem mostram evolução brasileira (Foto: Divulgação)

Mundial de Canoagem Velocidade e Paracanoagem mostram evolução brasileira (Foto: Divulgação)

K1, K2, C1, C2, K4… MAS O QUE É ISSO?

“K1, K2, C1, C2, K4… Mas o que significam essa sopa de letrinhas e números?” Parece confuso, mas a explicação é bastante simples. Nas nomenclaturas, C e K se referem aos tipos de barcos, canoas ou caiaques. Esse último, em inglês, se escreve “kayak”, portanto, utiliza-se a letra K. Quando a disputa é em uma canoa, começa com C.

Isaquias quer que ele e o irmão eternizem o nome "Queiroz" na canoagem velocidade (Foto: Gabriel Fricke)

Isaquias Queiroz e seu irmão Lucas com a canoa do brasileiro (Foto: Gabriel Fricke)

O número ao lado se refere à quantidade de competidores no mesmo barco. Por exemplo,Isaquias Queiroz vai competir no C1 1000m, portanto, rema a bordo de uma canoa em um percurso de 1000m, sozinho. Ele participa também do C1 200m, ou seja, compete individualmente em um percurso de 200m, usando uma canoa. No caso do C2 1000m, é a mesma coisa, mas ele terá Erlon Souza ao seu lado na canoa, por isso, C2.

Canoagem K4 1000m do Brasil (Foto: CBCa / Divulgação)

Quatro atletas em um só caiaque. É o K4 (Foto: CBCa / Divulgação)

CARACTERÍSTICAS DE CADA BARCO

“Os barcos pesam a mesma coisa? Tem o mesmo tamanho?”. Não, cada barco tem sua característica própria. No caso dos caiaques, o K1 (caiaque para uma pessoa) tem o comprimento máximo de 5,20m, e o peso mínimo de 12 kg.  O K2 (caiaque para duas pessoas), 6,50m e 18 kg; o K4 (caiaque para quatro pessoas), 11 m e 30 kg. Já nas canoas, o C1 (canoa para uma pessoa), tem até 5,20m e peso mínimo de 16 kg; o C2 (canoa para duas pessoas), 6,50 m e 20 kg; e o C4 (canoa para quatro pessoas), 11m e 50kg.

Gilvan Ribeiro (Foto: Alexandre Alliatti)

Gilvan Ribeiro (Foto: Alexandre Alliatti)

CANOA OU CAIAQUE?

“Certo. Mas qual a diferença entre canoa e caiaque?” Há muitas diferenças, e elas impedem inclusive que um atleta de alto nível dispute provas nas duas categorias. No caiaque, os atletas competem sentados, e seu remo tem pás nas duas extremidades, portanto, eles fazem movimentos repetidos e deslocam a água dos dois lados. Em relação à canoa, os esportista vão ajoelhados no barco. Seu remo tem apenas uma pá, por isso, eles alternam o lado da remada.

Pan de Toronto canoagem velocidade final K4 1.000m Cuba ouro (Foto: Reuters)

Pan de Toronto canoagem velocidade final K4 1.000m Cuba ouro (Foto: Reuters)

Um fato curioso é que, apesar de a modalidade se chamar canoagem, há mais provas usando caiaque na Olimpíada que a canoa. Ao todo, são quatro femininas com esse tipo de embarcação (K1 200m, K1 500m, K2 500m e K4 500m) e cinco masculinas (K1 200m, K1 1000m, K2 200m, K2 1000m e K4 1000m). Aliás, no feminino, só há disputas de caiaque.

CANOAGEM X REMO

“Ah, então é remo, né?”. Não, não é remo. As duas modalidades se assimelham e, na Olimpíada do Rio 2016, serão disputadas na Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul da cidade, mas há diferenças. Não há na história olímpica, por exemplo, um atleta que tenha se destacado nos dois esportes. Uma grande diferença está no início da prova. Na canoagem, a posição do atleta é sempre no mesmo sentido ao barco. O remador, por sua vez, fica de costas para o sentido da remada.

Brasil equipe Mundial de remo Lagoa (Foto: Levi Ricardo / Divulgação)

Remo e canoagem não é a mesma coisa (Foto: Levi Ricardo / Divulgação)

Além disso, a canoagem não utiliza embarcações com leme fixo, mas tem assento fixo, tem remo com uma ou duas pás (canoa, no primeiro caso, caiaque, no segundo) e terá distâncias de 200m, 500m e 1000m. O percurso do remo é de 2000m. Só há remos com uma pá, e os assentos são móveis. Por fim, é possível dizer que canoístas não trabalham tanto os membros inferiores quanto os remadores.

ISAQUIAS QUEIROZ, PROMESSA DE MEDALHA

“E o Brasil é bom nisso? Quem é o cara da canoagem velocidade brasileira?”. Isaquias Queiroz, de 22 anos, é o principal competidor brasileiro. Na Olimpíada, ele competirá no C1 1000m, no C1 200m e no C2 1000m, esse último com seu parceiro Erlon Souza. Nascido em Ubaitaba, no interior da Bahia, às margens do Rio de Contas, o jovem vem chamando a atenção desde as categorias de base.

Em 2011, foi prata no C1 500m e ouro no C1 200m no Mundial Júnior. Em 2013, já no adulto, levou a primeira medalha do Brasil nessa modalidade em uma prova olímpica no Mundial, ficando com o bronze no C1 1000m em Duisburg, na Alemanha. Nessa mesma competição, levou o ouro no C1 500m. Saiu consagrado.

Isaquias Queiroz está se preparando para o Aquece Rio (Foto: Murilo Ribas / Confederação Brasileira de Canoagem)

Isaquias Queiroz está se preparando para o Aquece Rio (Foto: Murilo Ribas / Confederação Brasileira de Canoagem)

Em 2014, na mesma prova em que ficou com o bronze em 2013, a ansiedade em cruzar a linha de chegada à frente do alemão Sebastian Brendel acabou prejudicando Isaquias, que caiu do barco a poucos metros do fim, ficando fora do pódio. Mas ele se recuperou e saiu do Mundial de Moscou, na Rússia, com um ouro no C1 500m, categoria não olímpica, se tornando bicampeão do mundo aos 21 anos, e um bronze no C2 200m, ao lado de Erlon Souza.

No Mundial de 2015, na Itália, de acordo com a estratégia do espanhol Jesús Morlán, Isaquias não disputou o C1 1000m para ajudar classificar o Brasil para a Olimpíada em outras duas provas. E ele conseguiu: foi bronze no C1 200m e ficou com o ouro no C2 1000m ao lado de Erlon Souza. Nesse mesmo ano, no Pan de Toronto, foi ouro nas duas provas individuais no Pan de Toronto e eleito o atleta do ano pelo COB no Prêmio Brasil Olímpico.

ANA PAULA VERGUTZ, A 1ª MULHER DO BRASIL NA VELOCIDADE

Michelle Russell (Canadá), Yusmari Mengana (Cuba) e a brasileira Ana Paula Vergutz (Foto: Jeff Swinger-USA TODAY Sports)

Michelle Russell (Canadá), Yusmari Mengana (Cuba) e a brasileira Ana Paula Vergutz com sua medalha de bronze no Pan de Toronto, em 2015, no Canadá (Foto: Jeff Swinger-USA TODAY Sports)

“Não tem mulher no time brasileiro?”. Tem sim! Infelizmente, somente uma. Ela, aliás, será a primeira mulher brasileira a participar da Olimpíada na canoagem velocidade. Aos 27 anos, a paranaense Ana Paula Vergutz, de Cascavel, é a única representante feminina do Brasil na canoagem velocidade. A loira ficou conhecida nos Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015, no Canadá, quando se tornou a primeira mulher do país a subir ao pódio da competição ao garantir o bronze na disputa do K1 500m. Nos Jogos Olímpicos, ela vai participar de duas provas, o K1 500m e o K1 200m.

JESÚS MORLÁN, COMANDANTE DO BRASIL

“E quem é o técnico de Isaquias?”. Dono de cinco medalhas nos Jogos Olímpicos e conhecido pelo trabalho de 15 anos com o espanhol David Cal, Jesús Morlán, também nascido na Espanha, chegou ao Brasil no início de 2014 para ser o treinador da seleção masculina de canoa na canoagem velocidade. Ele treina e mora com Isaquias Queiroz e Erlon Souza na pacata cidade de Lagoa Santa, em Minas Gerais, escolhida por ele por conta de sua lagoa com condições perfeitas. “Suso”, como é chamado na Espanha e pelos atletas brasileiros, é um tanto quanto reservado, se inspira em Bernardinho e afirma que, se não ganhar medalha, deixará o Brasil. Ele, aliás, deixou sua família na Colômbia para ficar totalmente focado na missão brasileira.

+ A fé de Jesús por medalha: “Se não ganhar, não volto para cá nunca mais”

Jesús Morlán, técnico canoagem de velocidade do Brasil (Foto: Gabriel Fricke)

Jesús Morlán, técnico do Brasil, com Erlon e Isaquias (Foto: Gabriel Fricke)

 

MAIORES MEDALHISTAS DA HISTÓRIA

Maiores medalhistas da canoagem velocidade - Masculino (Foto: Arte)

Maiores medalhistas da canoagem velocidade – Masculino (Foto: Arte)

Maiores medalhistas da canoagem velocidade - Feminino (Foto: Arte)

Maiores medalhistas da canoagem velocidade – Feminino (Foto: Arte)

A BRIGA POR MEDALHAS NA RIO 2016

“Tá. Mas e os estrangeiros?”. Abaixo, o GloboEsporte.com fez uma análise dos competidores e uma projeção de quem são os favoritos por prova na Olimpíada.

Masculino

C1 1000m – 15 atletas:

Sebastian Brendel, da Alemanha, é o grande adversário de Isaquias Queiroz. Bicampeão mundial em 2014 e 2015 e atual campeão olímpico, ele ainda venceu as etapas da Alemanha e República Tcheca da Copa do Mundo em 2016.

Sebastian Brendel Remo Pódio Olimpíadas de Londres 2012 (Foto: Getty Images)

Sebastian Brendel é um dos favoritos no C1 1000m (Foto: Getty Images)

C1 200m – 13 atletas

Com Belarus suspenso por doping, o campeão mundial Artsem Kozyr está fora dos Jogos Olímpicos. Por isso, o campeão olímpico Yuri Cheban, da Ucrânia, e o chinês Li Qiang, prata no Mundial 2015, são os principais competidores, fora Isaquias Queiroz, que ficou fora da disputa desta categoria em etapas da Copa do Mundo em 2016.

C2 1000m – 11 duplas / 22 atletas

Isaquias e Erlon foram campeões do mundo nessa modalidade no Mundial de Milão, na Itália, mas foram mal na Copa do Mundo em Duisburg, na Alemanha, e ficou sem medalhas.  Por isso, Dmytro Ianchuk e Taras Mishchuk, da Ucrânia, são os grandes rivais brasileiros. Eles foram ouro em terras alemãs e bronze na República Tcheca, além de atuais campeões europeus. Os brasileiros podem ser beneficiados pelas saídas de Belarus e Romênia, banidos por doping.

K1 200m – 18 atletas

O Brasil compete com Edson Silva, de 34 anos, que levou a prata no Pan de Toronto e se classificou através do Pré-Olímpico Continental. Mas, nessa prova, o país provavelmente não disputará medalhas. O favorito ao ouro é Mark de Jonge, do Canadá, bicampeão do mundo (2014 e 2015) e prata em 2013. Ele foi bronze na Olimpíada de 2012.

K1 1000m – 16 atletas

Campeão do mundo em 2015 e bronze no ano de 2014, Rene Holten, da Dinamarca, é o atleta mais forte nessa prova. Ele ainda levou a etapa da Copa do Mundo da Alemanha e foi bronze na República Tcheca. Josef Dostal, tcheco, Max Hoff, alemão, e Fernando Pimenta, português, estão na briga pelo pódio.

Mark de Jonge, do Canadá (Foto: Francisco Leong - IOPP Pool /Getty Images)

Mark de Jonge, do Canadá (Foto: Francisco Leong – IOPP Pool /Getty Images)

K2 200m – 20 atletas / 10 duplas

Gilvan Ribeiro e Edson Silva defendem o Brasil. O candidato mais forte ao ouro era o time formado por Yuri Postrigay e Alexander Dyachenko, da Rússia. Eles foram campeões olímpicos em Londres 2012 e mundiais em 2013, fora que obtiveram a prata em 2015. Contudo, Dyachenko foi banido da Olimpíada recentemente por envolvimento no esquema russo de doping, e a vaga deles ficou com a Suécia. Dessa forma, os campeões mundiais de 2015, Sandor Totka e Peter Molnar, da Hungria, são os favoritos.

K2 1000m – 18 atletas / nove duplas:

Max Rendschmidt e Marcus Gross, da Alemanha, são bicampeões mundiais (2013 e 2015) e, em 2016, ficaram com o ouro na etapa da República Tcheca da Copa do Mundo. O Brasil não terá atletas nesta prova.

K4 1000m – 10 países / 40 atletas

A Romênia foi suspensa da Olimpíada por doping, e o Brasil terá um time formado por Roberto Maheler, Gilvan Ribeiro, Celso Oliveira e Vagner Souta, mas eles brigam para chegar à final. A Austrália, que foi campeã olímpica em 2012 e bronze no Mundial de 2013, além de ouro e prata, respectivamente, nas etapas da Alemanha e da República Tcheca na Copa do Mundo, em 2016. Campeã do mundo em 2015, a Eslováquia também briga pelo topo do pódio.

Lisa Carrington, da Nova Zelândia (Foto: Hannah Peters/Getty Images)

Lisa Carrington, da Nova Zelândia (Foto: Hannah Peters/Getty Images)

Feminino

K1 500m e K1 200m – 19 e 20 atletas, respectivamente

A neozelandesa Lisa Carrington é a favorita em duas provas. O K1 500m não é sua especialidade, mas seus últimos resultados mostraram sua evolução nesta categoria: bronze no Mundial em 2013, prata em 2014, e ouro em 2015. Além disso, esse ano ficou em segundo na etapa da Alemanha da Copa do Mundo e sagrou-se campeã na de Portugal. Já no K1 200m, é a melhor: foi tetracampeã mundial (2011, 2013, 2014 e 2015), campeã olímpica em 2012 e ouro na etapa da Alemanha da Copa do Mundo em 2016. A brasileira Ana Paula Vergutz compete nessas duas provas.

K2 500m – 12 duplas / 24 atletas

Gabriella Szabo e Danuta Kozak, húngaras, foram campeãs mundiais em 2015 e europeias em 2016. Elas são as mais fortes no momento, mas Alemanha, Polônia e Sérvia brigam.

K4 500m – 13 países / 52 atletas

A Alemanha é a grande potência dessa categoria, já que tem quatro ouros. Das últimas cinco Olimpíadas, só perdeu em Londres 2012. Desta vez, contudo, a Hungria chega em melhor momento pelos resultados recentes. É a atual campeã olímpica e europeia, e levou o Mundial em 2013 e 2014, além de ficar com a prata em 2015. Com a suspensão de Belarus, além das alemãs e das húngaras, a Ucrânia vem forte, a polonesas, britânicas e neozelandesas brigam pelo pódio.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA

15/8 – Segunda-feira:
A partir das 9h (de Brasília)
Eliminatórias e semifinais (C1 M 100m, K2 F 500m, K1 F 200m e K1 M 1000M)
C1 1000m masculino – Isaquias Queiroz
K2 500m feminino
K1 200m feminino – Ana Paula Vergutz
K1 1000m masculino
C1 1000m masculino – semifinal
K2 500m feminino – semifinal
K1 200m feminino – semifinal
K1 1000m masculino – semifinal

16/8 – Terça-feira
C1 1000m masculino – final
K2 500m feminino – final
K1 200m feminino – final
K1 1000m masculino – final

17/8 – Quarta-feira
K2 1000m masculino
C1 200m masculino – Isaquias Queiroz
K2 200m masculino – Edson Silva e Gilvan Ribeiro
K1 500m feminino – Ana Paula Vergutz
K2 1000m masculino – semifinal
C1 200m masculino – semifinal
K2 200m masculino – semifinal
K1 500m feminino – semifinal

18/8 – Quinta-feira
K2 1000m masculino – final
C1 200m masculino – final
K2 200m masculino – final
K1 500m feminino – final

19/8 – Sexta-feira
K1 200m masculino – Edson Silva
C2 1000m masculino – Isaquias Queiroz e Erlon de Souza
K4 500m feminino –
K4 1000m masculino – Roberto Maehler, Vagner Souta, Celso Oliveira e Gilvan Ribeiro
K1 200m masculino – semifinal
C2 1000m masculino – semifinal
K4 500m feminino – semifinal
K4 1000m masculino – semifinal

20/8 – Sábado
K1 200m masculino – final
C2 1000m masculino – final
K4 500m feminino – final
K4 1000m masculino – final

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