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Técnico que morreu em obra da Embasa era contratado como carpinteiro

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José Ivan Silva, 48 anos, um dos funcionários da construtora MRM morto em um vazamento de gás em uma obra da Embasa, ocorrido na quarta-feira (18), em Cajazeira V, foi contratado para trabalhar como carpinteiro.RTEmagicC_tecnico_embasa.jpg

Ele foi admitido em 16 de abril deste ano para a função, com salário de R$ 1.265. Além dele, outras duas pessoas morreram por asfixia de um gás ainda não identificado.

Em nota divulgada no dia do acidente, a Embasa informou que José e Antônio Pereira da Silva, 53, eram técnicos do consórcio MRM/Passarelli e que realizavam uma vistoria no equipamento da rede de esgotos, em implantação no local. A terceira vítima, Gilmário da Conceição Barbosa, 30, catador de material reciclável, tentou ajudar no resgate dos trabalhadores e acabou morto.

“Ele (José) nunca tomou curso para exercer a função de técnico. A vida toda ele foi carpinteiro”, disse na manhã da quinta (19), no Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IML), Vaneide Alves da Costa, 47, companheira de José há dez anos. Auditores do trabalho responsáveis pela apuração do acidente se pronunciam nesta sexta-feira (20), às 9h, na sede da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego da Bahia (SRTE-BA), na Piedade.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) aguarda o envio do relatório da SRTE para dar seguimento ao inquérito. A SRTE-BA suspeita que o acidente tenha sido provocado por algum contaminante na rede de esgoto. O órgão embargou as atividades em espaços confinados que estão sendo realizadas pelo consórcio neste contrato, em Salvador e Lauro de Freitas. No IML, um preposto da construtora, que se identificou como auxiliar administrativo Marcos Santos, garantiu que empresa está prestando o auxílio funerário e disse não ter informação sobre o desvio de função do carpinteiro.

O CORREIO ligou para a empresa, nos telefones que constam no site, mas não teve sucesso. O corpo de José foi levado ontem para Ichu, a 178 quilômetros de Salvador, onde foi sepultado. Já o corpo de Gilmário foi enterrado na quinta (19) no cemitério Baixa de Quintas. Até ontem de manhã, parentes de Antônio não tinham comparecido ao IML. (Correio da Bahia)

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