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Infraero promete entregar obras da Copa no Afonso Pena em junho

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São 2 pontes de embarque e ampliação do terminal existente, em Curitiba. Equipamento que auxilia pousos com neblina deve chegar apenas em 2015.

Reforma mais ampla do Aeroporto Afonso Pena deve ficar pronta em 2016 (Foto: Bibiana Dionísio/ G1)

Reforma mais ampla do Aeroporto Afonso Pena deve ficar pronta em 2016 (Foto: Bibiana Dionísio/ G1)

A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) promete entregar na primeira semana de junho de 2014 as obras no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, previstas para a Copa do Mundo. São duas novas pontes de embarque, modernização do terminal e dos dois elevadores existentes e construção de mais um. Segundo a Infraero, essas intervenções aumentarão a capacidade do aeroporto de 7,9 milhões de passageiros por ano para 8,5 milhões.

A 20 dias do primeiro jogo em Curitiba, as pontes para embarque e desembarque, também chamadas de finger, ainda estão em construção. Atualmente, seis pontes estão em operação. A Infraero promete habilitar mais duas até o Mundial. Quando se fala em modernização do terminal, consideram-se as duas novas salas remotas de embarque – cujo passageiro vai de ônibus até o avião – e a ampliação do terminal de desembarque de 46 mil para 64,8 mil metros quadrados. Próxima à saída do terminal será montada a instalação da Fun Zone. Este espaço, de acordo com a Infraero, será uma área destinada à recepção de turistas oferecendo conforto, conveniência e entretenimento, climatizada, wi-fi gratuito, telefones públicos e balcões de atendimento. Há ainda as intervenções e ampliação na pista que estão na reta final.

A estimativa do Ministério do Turismo é de que mais de 160 mil pessoas visitem o estadodurante o período. Destes, 26 mil devem ser estrangeiros e 136 mil brasileiros – sendo que muitos devem chegar via aeroporto. Para a Infraero, o Afonso Pena tem capacidade para atender a este montante de passageiros. Independentemente da realização do Mundial, o terminal registra, por ano, aumento de demanda. Em 2013, por exemplo, o aeroporto internacional de Curitiba contabilizou 6,7 milhões de embarques e desembarque. Apenas nos três primeiros meses deste ano, conforme a Infraero, já foram contabilizados 2,3 milhões de pousos e decolagem. O número representa um acréscimo de 13% em relação ao mesmo período do ano passado.

Agora, com a Copa do Mundo, os turistas vão movimentar ainda mais a cidade. Em Curitiba, serão quatro jogos, nos dias 16, 20, 23 e 26 de junho. A presença estrangeira na Arena da Baixada será representativa – 30%.

Acostumada a utilizar a área de desembarque internacional do Afonso Pena, a agente de viagem Marjorie Cristina Gabardo Pimentel, de 43 anos, conta que o espaço foi ampliado, porém, nada mudou em relação aos serviços. “Está um pouco maior, mas o número de esteiras continua o mesmo. O espaço que foi aberto é inutilizado, não tem nada, não tem assento. É um espaço vazio. Não sei porque foi aumentado”, questiona. Para ela, a ampliação não facilita a vida dos estrangeiros e nem mesmo dos brasileiros que passam por ali.

“A gente [brasileiro] está acostumado. A gente se vira porque sabe onde é o desembarque, onde tem que descer. Já os estrangeiros estão acostumados com outro tipo de organização, que é diferente da nossa. Não melhorou em nada [a ampliação]. Continua a mesma coisa”, ressalta Marjorie.

Ela também reclama do tempo de espera para as malas chegarem até os passageiros após o desembarque. “Mala demora mais de 30 minutos, com sorte pode vir rápido, mas tem dia que fico esperando entre 30 e 45 minutos”, relata a agente de viagem.

Neblina
O equipamento ILS Cat III, que pode amenizar os problemas decorrentes da neblina, como o fechamento do aeroporto e atraso de voos, ainda não está disponível no Afonso Pena. Já houve a promessa de que o mecanismo estaria disponível para a Copa do Mundo. Depois, divulgou-se que estaria em operação em dezembro de 2014. Agora, segundo a Infraero, o ILS Cat III será homologado pelo Departamento de controle do Espaço Aéreo (Deca) e pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) até julho 2015. Na prática, é um complexo sistema instalado em diversos pontos, dentro e fora do aeroporto, que permite aos pilotos a aproximação e pouso em condições de visibilidade e teto reduzidos. O radar de superfície, necessário à implantação, foi adquirido em março de 2013.

Velha conhecida dos curitibanos e de quem utiliza o Aeroporto Afonso Pena, a neblina não deve ser um problema durante a Copa, na avaliação da Infraero. A empresa argumenta que o terminal possui o ILA Cat II que auxilia pousos e diante de um cenário de baixa visibilidade. Além disso, entre 16 de junho e 13 de julho de 2013 – mesmo período da Copa do Mundo – o aeroporto ficou fechado para operações 3,87%, ou 29 horas e 45 minutos. A diferença entre as versões II e III está no grau de visibilidade. A última permite operação com visibilidade zero.

É importante ressaltar que apenas o ILS Cat III não elimina por completo os limitadores para pousos e decolagens impostos pela neblina. O piloto precisa de uma habilitação específica e a aeronave deve estar homologada. (G1)

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