BRASIL & MUNDO
Exames confirmam ebola em médico internado em Nova York
Craig Spencer, médico da ONG Médicos Sem Fronteiras, que foi internado nesta quinta-feira (23) em um hospital de Nova York teve resultado positivo em um primeiro teste de ebola. Uma análise complementar ainda não teve seu resultado divulgado.
O paciente, de 33 anos, chegou ao centro médico com sintomas da doença e teve o diagnóstico confirmado em um primeiro teste esta noite, informou prefeito Bill de Blasio. “Os testes realizados confirmaram que o paciente aqui em Nova York tem resultado positivo para ebola”, disse De Blasio.
Anteriormente, o jornal “The New York Times” e a rede CNN anteciparam o caso.
“Queremos deixar claro que não há razão para que os nova-iorquinos se alarmem”, afirmou o prefeito, acrescentando que “a cidade está preparada para essa eventualidade”.
Com febre e náuseas, Spencer foi transportado de sua casa, no Harlem, ao Hospital Bellevue. Fontes do jornal New York Post disseram que o médico esteve na Guiné ajudando a tratar doentes de ebola.
Pessoas que tiveram contato com ele e podem eventualmente ter se contaminado estão sendo localizadas.
A rede NBC disse que Spencer voltou a Nova York há 10 dias e se sentiu mal nesta quinta, quando acionou a emergência. Ele foi levado por uma ambulância escoltada pela polícia.
O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, disse em uma coletiva de imprensa que todos os protocolos foram seguidos. “É de nosso entendimento que muito poucas pessoas entraram em contato direto com ele”, disse. “Estamos esperando por uma boa evolução para este indivíduo”, acrescentou.
O Hospital Presbiteriano do Texas, onde ele trabalhava, afirmou que o médico não voltou à instituição nem atendeu pacientes depois de sua viagem para a África Ocidental.
De acordo com a imprensa local, na tarde desta quinta o apartamento do médico já foi lacrado por especialistas em materiais perigosos.
Números da epidemia
A epidemia de ebola já matou 4.877 pessoas, de um total de 9.936 infectadas, de acordo com o balanço divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quarta-feira (22). Os números referem-se aos casos registrados até o dia 19 de outubro. As ocorrências foram na Guiné, Libéria, Serra Leoa, Espanha, Estados Unidos, Senegal e Nigéria. Estes dois últimos países foram declarados livres da doença em 17 e 19 de outubro, respectivamente.
Na Guiné, Libéria e Serra Leoa, a transmissão continua intensa, de acordo com a OMS, principalmente nas capitais dos três países. A organização acredita que o número de casos ainda é subestimado, sobretudo na capital da Libéria, Monróvia. Nos Estados Unidos e na Espanha, onde houve trasmissões localizadas, autoridades continuam monitorando pessoas que possivelmente tiveram contato com os pacientes. (G1)
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