GIRO DE NOTÍCIAS II
‘Não é para qualquer um’, dizem atores e atrizes pornô sobre profissão
Atuar em filmes pornográficos é uma profissão que provoca o desejo de muita gente, afinal, é a chance de trabalhar, ganhar dinheiro e ainda ter prazer.
Mas o afortunados que trabalham atuando em filmes de sexo, embora realmente gostem da profissão, dizem que não é um trabalho fácil ou para qualquer um. Exige ter um algo a mais, uma vontade acima do normal de fazer sexo, segundo atores e atrizes ouvidos pelo G1 no primeiro Prêmio da Indústria Pornô, o Pip 2014, realizado na noite de terça-feira (14) em São Paulo.
O tema divide opiniões entre os astros e estrelas do cinema adulto. Enquanto as mulheres teriam menos dificuldades, segundo os entrevistados, o homem tem mais problemas para trabalhar no setor, já que além de ter um pênis com um tamanho acima da média para aparecer no vídeo e o homem ainda tem que se manter “de pé” durante as cenas e na frente do diretor, do câmera, de produtores e de outras pessoas que estão no estúdio de filmagem.
“Não é para qualquer um. Tem que ter um bom desempenho durante as cenas e também um bom ‘material’, senão não rola”, afirma Fabiane Thompson, vencedora do prêmio de melhor atriz pornô brasileira no Pip 2014. Cleo Cadillac concorda com a colega de profissão: “Para o ator é mais difícil. Ele tem que levantar e manter, não é fácil”. Cleo diz que para a mulher é “bem mais fácil” entrar para o ramo. “Basta ser gostosa”, disse.
A atriz de filmes adultos Cinthia Santos acredita que para trabalhar na área é necessário “ter uma certa prática”. “Tem que gostar de sexo e tem que ter coragem de mostrar sua imagem publicamente”.
O fator tamanho do pênis não é algo que atores pornô consideram interessante. Vencedor do prêmio de melhor ator de filmes eróticos, Ed Junior, diz que, se fosse fácil, existiriam muito mais atores trabalhando. “Haveria homens muito mais bonitos do que eu atuando, mas isso não acontece. Já tentaram colocar modelos, homens muito bonitos, mas sem o preparo necessário, não rolou”.
Ator e diretor de produções pornográficas e vencedor da melhor cena de sexo oral do Pip 2014, Brad Montana diz que “tamanho não é documento” para quem quer ser ator pornô. “O tamanho não é importante, a média [do tamanho do pênis] do brasileiro é boa para as cenas que eu gosto de filmar”.
Há 30 anos trabalhando no ramo, o diretor e produtor Stanlay Miranda conta que são as câmeras que intimidam os homens. “O pessoal fala que topa filmar, que vai transar com todo o mundo, mas no momento que eu ligo a câmera e a luz, não sai nada. O psicológico tem que ser muito forte mesmo”. (G1)
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