Nota do Ideb cai na Bahia e em mais 15 estados

A Bahia, que obteve 3 na nota do Ideb para o ensino médio em 2011, conseguiu 2,8 este ano e caiu duas posições no ranking por distrito. O estado aparece ao lado do Maranhão e de Sergipe ocupando a 21ª posição.

Foto Ilustrativa

As notas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) relativas ao ensino médio da rede estadual caíram em 16 estados do país, de acordo com levantamento divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) na tarde desta sexta-feira (5).

A Bahia, que obteve 3 na nota do Ideb para o ensino médio em 2011, conseguiu 2,8 este ano e caiu duas posições no ranking por distrito. O estado aparece ao lado do Maranhão e de Sergipe ocupando a 21ª posição. Procurada, a Secretaria de Educação do Estado da Bahia disse que os dados divulgados hoje estão em avaliação, e alertou que a diferentes ciclos do ensino entram na pesquisa: Fundamental I, fundamental II e Ensino Médio, além de verificar o rendimento de escolas públicas e particulares.

A nota do país na rede pública, que concentra 85% das matrículas, permaneceu 3,4. A meta ficou abaixo da meta estipulada pelo governo federal, de 3,6, segundo a principal avaliação educacional do país. Na rede privado, o resultado também não atingiu a expectativa. Caiu de 5,7 para 5,4.

Entre as nove unidades federativas que apresentaram crescimento no Ideb relativo ao ensino médio, Goiás pulou do quinto lugar em 2011, com Ideb de 3,6, para o topo do ranking, em 2013, com 3,8. O Rio de Janeiro saltou da 15ª posição (com 3,2) para a quarta (com 3,6), empatado com Santa Catarina, Minas Gerais e Pernambuco. São Paulo se manteve na segunda posição, apesar da queda na nota, de 3,9 para 3,7. O Rio Grande do Sul pulou de 10º (com 3,4) para o terceiro, 3,7.

O Ideb foi criado em 2007 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e leva em conta dois fatores que interferem na qualidade da educação: rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e médias de desempenho na Prova Brasil. Assim, para que o Ideb de uma escola ou rede cresça, é preciso que o aluno aprenda, não repita o ano e frequente a sala de aula.

A Prova Brasil avalia o desempenho de estudantes em língua portuguesa e matemática no final dos ciclos do ensino fundamental, de 4ª série (5º ano) e 8ª série (9º ano), e no terceiro ano do ensino médio.

Melhora no ensino fundamental
Em nota, a Secretaria da Educação do estado salientou que houve melhora no Ideb para o ensino fundamental. O indicador é calculado de dois em dois anos e leva em conta a taxa de aprovação e o desempenho dos estudantes em avaliações externas de língua portuguesa e matemática.

Nas séries iniciais do ensino fundamental, a avaliação de caráter censitário demonstrou que a rede estadual de ensino subiu de 3,8, em 2011, para 4, em 2013. O Ideb do Estado da Bahia (redes estadual, municipal e privada) cresceu de 4,2, em 2011, para 4,3, em 2013. No entanto, o índice se manteve para a rede pública (redes estadual e municipal) de 3,9 e, na rede privada de 6,3, referente a 2011 e 2013.

Nas séries finais do ensino fundamental, o Ideb também registrou crescimento na rede estadual de ensino, passando de 2,9 para 3,1. O índice do Estado da Bahia cresceu de 3,3, em 2011, para 3,4, em 2013, e o da rede pública passou de 3,1 para 3,2. Na rede privada, o Ideb caiu de 5,8, em 2011, para 5,4, em 2013.

No ensino médio, o Ideb foi calculado com base em uma amostra, com 202 turmas, de 155 escolas na Bahia, sendo 73 escolas da rede estadual. O Ideb registrou, a exemplo do que ocorreu em outros 15 estados da federação, uma queda no indicador nesta fase do ensino. Na Bahia, o Ideb caiu de 3,2, em 2011, para 3, em 2013, na rede privada caiu de 5,6 para 5,5 e a rede estadual de ensino verificou o recuou, de 0,2, no índice que era 3,0, em 2011, e passou para 2,8, em 2013. (Correio da Bahia)