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Bandidos atacam creche em Santa Catarina; Estado já soma 60 atentados
Santa Catarina viveu mais uma madrugada violenta nesta sexta-feira (3). Entre a meia-noite e a manhã de hoje, foram sete atentados. Entre eles está uma tentativa de incendiar uma creche na cidade de Ararangua.
Por volta de 1h20, um homem lançou um coquetel molotov contra o prédio, localizado no bairro de Coloninha. A instituição infantil, porém, não pegou fogo.
Ainda na madrugada, casas de policiais voltaram a ser alvo de ataques. Em Biguaçu, o local onde mora o pai de um PM foi atingido por um coquetel molotov. Em Tubarão, o carro de um policial foi incendiado após uma moto passar em alta velocidade pelo local onde o veículo estava estacionado.
Com isso, a onda de ataques em Santa Catarina já dura sete dias. Ao todo, são 60 atentados, incluindo 24 ônibus queimados, 16 casas de agentes de seguranças atingidas por disparos ou coquetel molotov, além de prédios públicos, delegacias e veículos particulares incendiados. A Polícia Militar já prendeu 16 suspeitos dos crimes.
Na noite de ontem, moradores da Grande Florianópolis enfrentaram dificuldades para usar o transporte público após às 19h. Motoristas e cobradores estão recolhendo os ônibus mais cedo com medo de novos ataques. Entre as 19h e as 6h, só os veículos com escolta da Polícia Militar circularam.
As autoridades investigam se as ordens para os ataques estão partindo de penitenciárias do Ceará. Desde 2012, detentos da facção PGC (Primeiro Grupo Catarinense) foram transferidos para a Penitenciária Federal de Mossoró, considerada de segurança máxima.
Na madrugada de quinta-feira (2), a sede do governo catarinense também foi alvo dos criminosos.
Onda de ataques
Esta é a terceira vez que uma onda de violência é registrada em Santa Catarina. Outros ataques aconteceram em 2012 e 2013, quando a PM registrou crimes a várias cidades catarinenses, a maioria contra ônibus e imóveis da segurança pública. Em maio deste ano, a Justiça condenou 80 pessoas pelas duas ondas de atentados. (R7)
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