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Rafaela Silva conquista o primeiro ouro do Brasil no judô

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A primeira medalha de ouro do Brasil no Rio-2016 finalmente saiu. Nesta segunda-feira (8), a judoca Rafaela Silva deu um show em sua cidade natal ao derrotar a oponente Sumiya Dorjsuren, da Mongólia, na final da categoria até 57 kg. 

Rafaela Silva venceu bem a alemã Ropper na estreia (Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CBJ)

Rafaela Silva venceu bem a alemã Ropper na estreia (Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CBJ)

A missão não era fácil. Em cinco lutas que já fez contra a adversária, a brasileira havia vencido apenas uma e perdido outras quatro. Sem se apegar ao passado, venceu ao aplicar um wazari na oponente.

– Acho que eu só tenho agradecer todo mundo que me deu forças. Treinei bastante para representar todo esse ginásio. Se eu pudesse servir de exemplo para crianças da comunidade, é o que eu tenho para passar para o judô. Treinei tudo que podia nesse ciclo, saia treinando chorando, queria a medalha. Trabalhei o suficiente para conquistar. Para uma criança que cresceu numa comunidade que não tem muito objetivo na vida, como eu, que sou da Cidade de Deus, e começou a fazer judô por brincadeira, agora sou campeã mundial e olímpica – vibrou Rafaela.

Rafaela Silva, Olimpíada, judô, Rio de Janeiro, Rio (Foto: REUTERS/Kai Pfaffenbach)

Rafaela Silva, medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro (Foto: REUTERS/Kai Pfaffenbach)

 

Desde que entrou pela primeira vez no tatame nesta segunda, Rafaela decidiu que ela ia muito longe na Olimpíada do Rio. Dona de um enorme talento para o judô, mas nada fã dos exaustivos treinos, ela foi campeã mundial em 2013, porém passou os três últimos anos sem grandes resultados e passou a ralar muito mais nos treinamentos. Estava tudo guardado para a competição na casa dela. Com muita raça, sangue nos olhos e uma técnica apurada, ela contou o apoio de uma ensandecida torcida que vibrou sem parar, pressionando as gringas. A Silva mais famosa do momento derrotou, pela manhã, em sequência, a alemã Myriam Roper (primeira fase), a sul-coreana Jandi Kim (oitavas) e húngara Hedvig Karakas. A vaga na decisão veio com uma emocionante vitória no golden score, a prorrogação do judô, sobre a forte romena Corina Caprioriu, prata em Londres 2012 e vice no Mundial de 2015.

– Neste ciclo olímpico, ninguém treinou mais que eu. Não tive bons resultados nos últimos anos, mas me preparei muito. Sofri muito depois da derrota em Londres, pensei em desistir. Nesse ciclo, ninguém treinou mais que eu. Não tive bons resultados nos dois últimos anos, mas me preparei muito. Em Londres vivi o pior momento da minha vida, mas pude me recuperar pra essa competição. Eu cheguei a ficar deitada na cama, desisti. Mas eu não podia deixar de representar o meu país – disse. (Correio/Globo Esporte)

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